Apesar da valorização de quase 6% apenas na semana passada, os preços do açúcar no mercado internacional ainda remuneram menos ante os praticados internamente. Segundo cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), de 29 de fevereiro a 4 de março, a comercialização no spot paulista rendeu 5,1% mais frente as cotações da commodity na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado doméstico mantém vantagem sobre a exportação desde a segunda quinzena de outubro do ano passado.
O Indicador de Açúcar Cristal Cepea/Esalq teve média de R$ 78,87/saca na última semana. Já as cotações do contrato com vencimento em maio na ICE Futures US equivaleriam a R$ 75,04/saca. Para esse cálculo, o Cepea considerou as médias semanais de US$ 48,88/tonelada de fobização, de US$ 86,03/tonelada de prêmio de qualidade e câmbio a R$ 3,883/dólar.
“Além de projeções indicando déficit global de açúcar na temporada 2015/2016 (iniciada em outubro), os valores externos foram impulsionados por chuvas na região Centro-Sul do Brasil e pela forte desvalorização de 5,66% do dólar frente ao real”, disseram os analistas do Cepea.