O aumento deve ser provocado pela melhora das condições climáticas, visto que a falta de chuvas na safra passada prejudicou a produtividade. Em outubro e janeiro, as precipitações ficaram abaixo da média na maior parte do Centro-Sul, mas melhoraram em novembro, dezembro, fevereiro e março, ficando dentro ou acima do que é normalmente registrado.
A Conab prevê que as temperaturas fiquem próximas dos valores normais na maior parte do país durante o trimestre de abril a junho, com o Sudeste vivenciando o início do período de transição para a estação seca.
– No decorrer dos meses de outono ocorre o início climatológico de incursões de massas de ar frio que podem causar acentuado declínio das temperaturas e ocorrência de geada nas regiões serranas, especialmente no centro-sul do Brasil – diz o relatório.
Segundo a Conab, a estimativa de produção só não é maior porque o aumento da área plantada é pequeno (0,7%, para 9,070 milhões de hectares) e a produtividade de São Paulo ainda está se recuperando do impacto da crise hídrica da safra 2014/2015. Apesar disso, os canaviais paulista permanecerão sendo os principais responsáveis pela produção nacional, com 51,7% da área plantada, seguidos por Goiás (9,8%), Minas Gerais (8,9%) e Mato Grosso do Sul (7,5%). A produtividade da safra 2015/2016 deve crescer 2,4%, para um total de 72,170 quilos por hectare.
A maior parte da cana-de-açúcar colhida será destinada à fabricação de etanol, respondendo por 56,2% da produção. O etanol total deve ter um aumento de 1,9%, para 29,20 bilhões de litros, com o hidratado, utilizado nos veículos “flex-fuel”, recuando 2,8%, para 16,5 bilhões de litros. O anidro, destinado à mistura com gasolina, apresentará aumento de 8,6%.
Está prevista, para a produção de açúcar, um aumento de 5%, para 37,35 milhões de toneladas.