A produção brasileira de açúcar na temporada 2018/2019 pode recuar 9,6%, para 34,25 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Nessa safra, devido ao grande estoque de açúcar no mundo, a previsão é que as unidades de produção destinem menor parte da produção de cana-de-açúcar para a fabricação do adoçante”, explica a instituição.
O Sudeste, maior produtor nacional, será responsável por 74,1% do total nessa safra, seguido por Centro-Oeste (11,2%), Sul (6,9%), Nordeste (7,6%) e Norte (0,2%). São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás permanecem como os maiores produtores de açúcar.
Biocombustível
Já a produção de etanol deverá ser 11,6% maior, com 30,41 bilhões de litros. Deste total, a produção de anidro avançará 2,2%, para 11,24 bilhões de litros, motivado pelo maior consumo de gasolina, informa a Conab. O hidratado deverá alcançar 19,17 bilhões de litros, 18% mais ante 2017/2018.
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Além da maior destinação de Açúcar Total Recuperável (ATR) para a fabricação de etanol, outro fator importante por trás do aumento é o melhor fluxo de comercialização que ora o combustível tem frente ao açúcar. “Ele tem sua comercialização pautada em contratos futuros, o que permite que a unidade de produção aumente o fluxo de caixa com maior rapidez, uma vez que a comercialização é praticamente instantânea. O pagamento é realizado tão logo o combustível é entregue na distribuidora”, detalha a Conab.
Matéria-prima
A safra de cana 2018/2019 deve atingir 635,51 milhões de toneladas. O volume representa 0,4% mais ante o ciclo anterior, quando o país colheu 633,26 milhões de toneladas.
Apesar do aumento da safra, a área colhida encolheu 0,8%, somando 8,66 milhões de hectares. “Essa queda foi influenciada pela devolução de terras arrendadas e pela rescisão de contratos com fornecedores”, informa a companhia.
