O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda não tem prazo para a liberação aos bancos dos recursos previstos para o setor sucroenergético.
A assessoria do banco disse que as linhas para o Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova) e o Programa de Estocagem de Álcool estão “em fase final” de ajustes e devem entrar em operação “em breve”.
Na semana passada, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, já havia dito, durante a divulgação do 2º Levantamento da Safra 2015/2016 de Cana-De-Açúcar, que faltava “apenas um detalhe com o Ministério da Fazenda” para a liberação.
A cadeia produtiva de açúcar e álcool esperava poder contar com esse crédito ainda em julho. Por isso, dado o atraso, a demanda pelos recursos pode ser menor do que se projetava, disseram representantes do setor.
O Plano Safra 2015/2016 destinou ao Prorenova um montante de recursos 50% menor nesta temporada – será ofertado pelo BNDES um total de R$ 1,5 bilhão para a renovação de canaviais, com os juros elevados para TJLP mais 2,7% ao ano. Para a estocagem de etanol, foram mantidos os R$ 2 bilhões de 2014.
Lançado em 2012, o Prorenova contribuiu para reduzir a idade média dos canaviais brasileiros de 3,9 para 3,2 anos até o ano passado, segundo cálculos do próprio BNDES. Em 2014, contudo, a renovação para a atual temporada, iniciada em abril, ficou em 14%, abaixo dos 18%, patamar considerado ideal para evitar o envelhecimento das plantas.