O diretor-presidente da Biosev, Rui Chammas, projeta preços sustentados para o açúcar tanto nesta safra quanto na próxima safra global. De acordo com ele, a relação entre estoques e consumo cairá pelo quarto ano consecutivo e atingirá 37% no ciclo 2016/2017, que começa em outubro.
Para o atual ciclo, que se encerra em setembro, o porcentual deve ser de 41%, o que significa dizer que 41% de toda a demanda mundial pode ser atendida somente com as reservas do alimento, desconsiderando-se a produção. Historicamente, as cotações do açúcar reagem quando esse número se aproxima de 30%.
“Essa redução segue acompanhada por uma alta nos preços do açúcar, que se materializou em 2015/2016”, afirmou durante teleconferência com analistas e investidores. Conforme Chammas, o preço médio para a safra global 2015/2016 deverá ser de 14,9 centavos de dólar por libra-peso, acima do de 13,9 centavos de dólar de 2014/2015. O valor segue bem abaixo do de 28,1 centavos de dólar alcançado em 2010/2011.
A avaliação feita por Chammas é de que o déficit de açúcar em 2015/2016 alcançará 5,5 milhões de toneladas, revertendo cinco anos consecutivos de superávit. Para 2016/2017, o déficit deve ser de 7,3 milhões de toneladas.