MG: safra 2015/2016 de cana deve atingir 53,3 milhões de toneladas

Volume representa queda de 10,4% em relação ao ciclo anterior

Fonte: Zineb Benchekchou/Embrapa

A safra 2015/2016 de cana-de-açúcar em Minas Gerais deverá atingir 53,3 milhões de toneladas, conforme dados do 2º Levantamento de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Caso se concretize, o volume representará queda de 10,4% em relação ao ciclo anterior, mas responderá por 8,1% da produção nacional, colocando o estado como o terceiro maior produtor do país.

De acordo com a Seapa, da oferta total de matéria-prima, 50,8% será para a fabricação de etanol e 41,8%, para a de açúcar. 

– A redução do ICMS de 19% para 14% deu maior competitividade ao etanol em relação à gasolina e isso passa a ser uma opção para o setor sucroalcooleiro, uma vez que os estoques mundiais de açúcar estão elevados, impedindo a sua valorização nos mercados interno e externo – explicou o secretário João Cruz.

Em Minas Gerais, a produção de cana está concentrada na região do Triângulo Mineiro, responsável por 64,5% de toda a safra estadual. Os principais municípios produtores são Uberaba (6,2 milhões de toneladas), Frutal (5 milhões de toneladas), Santa Vitória (3,5 milhões de toneladas), Conceição das Alagoas (3 milhões de toneladas) e Campo Florido (2,6 milhões de toneladas).

Exportação

De janeiro a julho, as vendas externas de itens do complexo sucroalcooleiro em Minas Gerais geraram receita de US$ 384,3 milhões, representando 8,8% do faturamento total das exportações do agronegócio mineiro. O segmento ocupa o quarto lugar na pauta mineira das exportações, atrás de café, soja e carnes.

Os principais países importadores da produção mineira são China (17,2%), Egito (11,1%), Arábia Saudita (7,5%) Malásia (5,4%) e um grupo formado por 37 países que, juntos, respondem por 40,9% das compras. 
  
São Paulo

Uma queda de 1% na semana passada levou o indicador diário do etanol hidratado, posto Paulínia (SP), para o menor valor desde 3 de novembro de 2014. Na sexta, dia 14, o indicador Cepea/Esalq/USP fechou a R$ 1.102,00. As cotações do biocombustível no mercado paulista foram influenciadas pela entrada de produto de outros estados, sobretudo Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. 

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada informou que as usinas continuaram elevando os volumes ofertados dada a necessidade imediata de “caixa”. Alguns negócios a valores maiores, contudo, limitaram as desvalorizações, ponderou o centro de estudos em relatório.

No acumulado da safra 2015/2016, iniciada em abril, até 1º de agosto, a produção de hidratado aumentou 17%, para 7,89 bilhões de litros, conforme a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). A produção total de etanol no período, que inclui o anidro, chegou a 12,17 bilhões de litros, levemente acima dos 11,86 bilhões de litros observados em igual intervalo do ano passado.