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Safra 2016/2017 de cana no Centro-Sul fecha com menos volume que a anterior

Ainda segundo a Unica, a importação de etanol pelo Centro-Sul do Brasil totalizou 476,88 milhões de litros na safra 2016/17

As usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil processaram 607,13 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2016/2017, encerrada oficialmente em março deste ano.

Em um ciclo marcado pela quebra agrícola decorrente de adversidades climáticas, o volume ficou 1,71% abaixo do registrado em 2015/2016 (617,70 milhões de toneladas), segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, dia 12, pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Também ficou perto do piso do intervalo estimado pela entidade, de 605 milhões a 630 milhões de toneladas.

O mix de produção na temporada foi de 46,29% da oferta da matéria-prima para açúcar, o maior porcentual desde 2012/2013. Os outros 53,71% foram para etanol. Assim, a fabricação do alimento no ciclo cresceu 14,11%, para 35,62 milhões de toneladas, enquanto a de álcool recuou 9,12%, para 25,65 bilhões de litros, dos quais 10,65 bilhões de litros para anidro (+0,12%) e 14,99 bilhões de litros para hidratado (-14,71%).

A produção total de etanol de milho no ciclo que se encerrou em março totalizou 234,15 milhões de litros, sendo 36,64 milhões de litros de anidro e 197,51 milhões de litros de hidratado.

Quanto à qualidade da matéria-prima, a Unica informou que o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) alcançou 133,03 kg por tonelada de cana moída, crescimento de 1,94%.

Quinzena
Na segunda quinzena de março, a última da temporada 2016/2017, o processamento de cana totalizou 7,96 milhões de toneladas, volume 43,50% menor na comparação com igual período do ano passado (14,09 milhões de toneladas). O mix de produção na quinzena foi de 35,15% da oferta de matéria-prima para açúcar e os outros 64,85%, para etanol. 

Com isso, a produção de açúcar na quinzena alcançou 270 mil toneladas (menos 41,87%). Já a de etanol totalizou 327 milhões de litros (menos 43,96%), dos quais 81 milhões de litros de anidro (-27,67%) e 245 milhões de litros de hidratado (-47,91%).

Em relação à qualidade da matéria-prima, a Unica informou que o nível de ATR na primeira quinzena de março foi de 101,28 kg por tonelada de cana no Centro-Sul (menos 1,86%).

Conforme a Unica, no fim de março 83 unidades produtoras estavam em operação. Até o final da primeira quinzena de abril, 181 unidades devem estar processando no Centro-Sul.  

Etanol
Ainda segundo a Unica, a importação de etanol pelo Centro-Sul do Brasil totalizou 476,88 milhões de litros na safra 2016/17, encerrada oficialmente em março. Descontando-se esse montante da exportação total, de 1,35 bilhão de litros, a região obteve na temporada um saldo positivo de embarques de 880,53 milhões de litros. Em meio às discussões sobre a compra externa do biocombustível, a entidade afirmou que “o volume importado representou apenas 4,73% do total de etanol anidro combustível comercializado pelas unidades produtoras”.

As declarações, divulgadas juntamente com o relatório final da safra 2016/17, ocorrem após a Unica defender uma taxa de 16% sobre as importações de etanol como forma de controlar a “inundação” do produto estrangeiro no mercado doméstico e a consequente queda de preços. Só no primeiro trimestre deste ano foram interlaizados cerca de 735 milhões de litros (+413%) por todo o País, um recorde, segundo os dados mais recentes do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). 

A proposta da entidade, levada à Câmara de Comércio Exterior (Camex), gerou críticas por parte dos produtores, principalmente os do Norte/Nordeste, que defendem uma tarifa de 20%. Mas, de acordo com a associação, a menor moagem naquela região “exigiu um incremento da importação de etanol para atendimento do consumo”.

Conforme a Unica, o volume total de etanol armazenado pelas unidades produtoras do Centro-sul no fim de março é suficiente para atender a demanda doméstica e respeita as obrigações estabelecidas pela Resolução ANP nº 67/2011. “Além do volume de etanol importado, cerca de 49 milhões de litros de etanol hidratado foram convertidos em etanol anidro no período de janeiro a março de 2017. O volume de etanol anidro armazenado nas usinas e a quantidade de produto reprocessada indicam que não houve excesso de importação durante a entressafra. Em verdade, a queda nos preços observada no produto desde o início de janeiro de 2017 está associada principalmente ao restabelecimento no PIS/Cofins cobrado sobre o etanol e à demora no repasse de preços para o consumidor”, finalizou a Única. 

No trimestre, as cotações do anidro e do hidratado recuaram 14%. 

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