Segundo Jardim, o preço de referência do governo federal para o leilão de 27 de abril é de R$ 210 o megawatt/hora, enquanto o setor sucroenergético pedia entre R$ 240 e R$ 250 o MWh. “No Paraná a empresa de energia paga R$ 330. Vamos esperar o leilão federal para definir o daqui”, disse.
No dia 3 de fevereiro, Jardim disse que os chamados “leilões vocacionados” para fomentar o setor sucroenergético em São Paulo poderiam ser lançados em até dois meses, o que não ocorreu. Além da espera pelo leilão federal, Jardim admitiu que o governo “corre contra o tempo” para fechar a operação de apoio à energia cogerada a partir da biomassa que envolve, além do governo paulista, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e o governo federal.
Segundo o secretário, o governo de São Paulo e as empresas estatais, ou com participação pública, como Metrô e Sabesp, seriam os demandadores da energia a ser leiloada e a Cesp, a geradora e fornecedora. A estatal de energia já participa da distribuição e participaria também da geração em parceria com as usinas.
– Estamos mensurando com os órgãos do Estado qual a demanda para de contratação de energia. A Cesp aprovou em conselho a alteração estatutária que ainda precisa passar por uma assembleia para permitir que entre como parceria na geração – explicou o secretário.
Ainda segundo ele, o governo federal deve apoiar as operações para a conexão entre as geradoras e as redes de alta tensão, que necessariamente precisam de uma subestação a ser construída. Jardim revelou ao Broadcast que a região entre Guaíra e Morro Agudo, no Nordeste de São Paulo, e ainda em Jaú, mais o Centro do Estado, pela proximidade a um grande número de usinas e pela facilidade de conexão, devem sediar as subestações.