A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) voltou a defender nesta sexta-feira, dia 12, o RenovaBio, programa capitaneado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) voltado à expansão dos biocombustíveis no país.
Em nota, a entidade destacou que a iniciativa destravará os investimentos em capacidade produtiva do setor sucroenergético, chegando em 2030 com 54 bilhões de litros de etanol, praticamente o dobro ante o fabricado atualmente. “Não se trata de subsídios, mas sim de uma política baseada em emissões que impulsionará o avanço da indústria. É por meio de mecanismos claros e previsíveis que poderemos retomar o crescimento”, disse no comunicado o diretor-executivo da associação, Eduardo Leão.
Segundo a Unica, o RenovaBio, após a consulta pública no primeiro trimestre, está agora prestes a ser avaliado pelo Conselho Nacional de Energia (CNPE) e ser transformado em proposta de resolução. Após isso, no segundo semestre, deverá tramitar no Congresso Nacional.
Leão explica que o projeto ainda passará por muitas aprovações, mas sua estrutura está pautada em mandatos de emissões anuais e na intensidade carbônica dos diferentes combustíveis utilizados em motores de veículos leves (Ciclo Otto), deliberados pelo governo gradualmente.
Do lado dos produtores, a ideia é de que as usinas recebam certificados que garantam produção eficiente, criando incentivos para sustentabilidade e inovação. “É um sistema inspirado em modelos similares, como o do Estado da Califórnia e do Programa ‘Renewable Fuel Standard’ (RFS), nos Estados Unidos, ou da Diretiva sobre Energia Renovável (RED), na União Europeia (UE)”, acrescentou.