Em maio deste ano, o setor sucroenergético brasileiro registrou saldo líquido de geração de 9.669 postos de trabalho com carteira assinada ante as 892 vagas criadas pelo segmento no mesmo período de 2015, conforme levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada.
O estado que mais se destacou na geração de empregos foi São Paulo, onde as usinas sucroenergéticas contrataram 1.856 pessoas no quinto mês deste ano. Depois dos paulistas, outra boa performance no número de vagas criadas ficou por conta das unidades produtoras localizadas nos estados de Goiás e Maranhão, que geraram 1.613 e 1.274 empregos formais, respectivamente.
De acordo com a Unica, o resultado contrasta com o observado na economia brasileira, que em maio registrou o fechamento de mais de 72 mil postos de trabalho, situação que caracteriza o segundo pior desempenho da série histórica para o mês, superior somente ao mesmo período de 2015, quando houve perdas de mais de 115 mil empregos formais. Sob o aspecto regional, tanto o Centro-Sul como o Norte-Nordeste apresentaram saldos negativos de 46 mil e 26 mil vagas fechadas, respectivamente. Nestas regiões, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro contabilizam os piores resultados, registrando perdas de quase 16 mil empregos formais. São Paulo superou a casa dos 12 mil.
“Este cenário só não foi pior por conta do desempenho das contratações no setor sucroenergético, que alcançou saldo positivo na geração de empregos de 6,5 mil vagas no Centro-Sul e 3 mil no Norte-Nordeste”, avalia diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.
No acumulado da safra 2016/2017 (contabilizando os meses de abril e maio), a indústria da cana criou mais de 26 mil vagas de trabalho em comparação com apenas 4 mil em 2015. Por sua vez, a economia em geral apresentou um saldo negativo de 134 mil postos, assim como observado no mesmo período em 2015, quando houve retração de 194 mil contratações.