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Testes não apontam riscos para uso da mistura de 27,5% de etanol na gasolina

Relatório da Anfavea com resultados das análises foi entregue ao governo neste mês de abrilEstudos adicionais para o aumento da mistura de etanol anidro à gasolina foram realizados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e concluíram que não há nenhum impeditivo para o uso da gasolina com 27,5% de etanol. O relatório produzido pela entidade foi entregue ao Governo Federal, com avaliações baseadas em etapas concluídas e outras em fase de conclusão.

Fonte: Zineb Benchekchou/Embrapa

Após o anúncio do governo federal de aumentar o percentual de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, no último mês de março, descartando impactos nos motores movidos à gasolina ou o comprometimento do desempenho e consumo dos veículos, conforme constatado pelos resultados dos testes feitos pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras, a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) avaliou positivamente os resultados dos testes apresentados pela Anfavea.

Conforme a Unica, é importante ressaltar que diversos testes feitos pela indústria automobilística são realizados em condições mais severas do que as normalmente experimentadas pelo usuário comum, com o objetivo de avaliar os efeitos do combustível no veículo com elevado grau de confiança.

A Anfavea, no entanto, conclui, com base nos testes realizados, inclusive com veículos equipados com sistemas de injeção direta de combustível, tecnologia bastante sensível a variações na qualidade do combustível, que: nos ensaios realizados não foram encontradas evidências que impeçam o uso da gasolina com 27,5% de etanol,  desde que o combustível comercializado possua as mesmas características daquele enviado pela Petrobras para estes ensaios.

Segundo a Unica, o combustível utilizado nos testes atende às especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), sendo, portanto, representativo da gasolina atualmente comercializada no país. 

– Assim, fica evidente que a gasolina vendida nos postos do país, com 27% de etanol na sua composição, é um produto de boa qualidade e que satisfaz as necessidades técnicas dos motores e do meio ambiente – afirma a entidade.

O “Estudo sobre o Aumento do teor de etanol na gasolina para 27,5%” foi elaborado pela Comissão Interna de Energia e Meio Ambiente (CEMA) da Anfavea e realizado conjuntamente por sete montadoras, com avaliação do comportamento dos veículos testados sob os aspectos de dirigibilidade; partida a frio e a quente; temperatura do catalisador; emissões e consumo de combustível; durabilidade em campo e testes de bancada.

De acordo com o cronograma apresentado pela Anfavea, três montadoras já concluíram seus testes e as demais devem concluir suas avaliações até a segunda quinzena do mês de junho.

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