A moagem de cana-de-açúcar no Brasil na safra 2016/2017 – abril a março – deve atingir 658 milhões de toneladas. O número representa uma queda de 3% ante a estimativa anterior (680 milhões de t), decido ao clima seco e manejo inadequado, de acordo com dados informados pelo adido do Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA) em São Paulo, em relatório semestral.
Com as fortes estimativas de demanda, principalmente da China e Índia, a produção de açúcar para a temporada 2016/2017 deve atingir 37,78 milhões de toneladas, uma alta de 710 mil toneladas ante a estimativa anterior. Já a produção de etanol é estimada entre 27,5 bilhões e 28,5 bilhões de litros, queda de aproximadamente 2 bilhões ante a temporada anterior.
O mix de produção da safra 2016/2017 deve ser dividido em 45% para o açúcar e 55% para o etanol. Na estimativa anterior, o número era, respectivamente, 43% e 57%. A mudança seria, segundo o USDA, uma consequência direta da grande demanda pelo alimento no mercado global diante da elevação das estimativas de déficit nos estoques mundiais, que deve ser de 15 milhões de toneladas no agregado das temporadas 2015/2016 e 2016/2017.
Já as exportações devem atingir 27,12 milhões de toneladas, a segunda maior depois do recorde de 27,65 milhões de toneladas em 2012/2013.
A moagem de cana no Centro-Sul do Brasil foi revisada para 608 milhões de toneladas, uma queda de 22 milhões de toneladas ante a estimativa anterior. Combinados, o clima seco e os menores investimentos no manejo da cultura devem afetar negativamente o volume de cana moída, informa o departamento.
A estimativa do USDA para os estoques da commodity na temporada 2016/2017 no país é de 210 mil toneladas, queda de 140 mil ante a temporada anterior.