Na avaliação em 121 usinas de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a área plantada com cana nova ou em renovação atingiu 506 mil hectares em 2014. Em segundo lugar ficaram as variedades CTC, do Centro de Tecnologia Canavieira, com 15%, e as SP, desenvolvidas pelos centros de pesquisa do governo paulista, com 11%.
As variedades RB alcançaram ainda 63% da área total cultivada com cana avaliada pelo levantamento (3,74 milhões de hectares), com 22% para as SP e 11% das CTC. A variedade RB867515 foi a mais cultivada entre todas, com 22,4% do plantio em novas lavouras ou áreas de renovação, e representou 27,3% de todo o canavial avaliado no censo, ou mais um milhão de hectares.
O coordenador do PMGCA/Ridesa, Hermann Paulo Hoffmann, destacou a variedade RB965902, lançada em 2010, mas que demonstrou alta resistência à estiagem deste ano, considerada a maior dos últimos 80 anos. Com isso, a variedade, que teve apenas 6.602 hectares plantados em 2013, na 19ª posição entre as mais plantadas, chegou ao 10º lugar este ano, com 10.457 mil hectares plantados.
Hoffmann afirmou, ainda, que em 2015 quatro novas variedades RB de cana serão liberadas para o plantio, o que deve elevar para 82 o número de cultivares desenvolvidos desde 1977 pelo centro de pesquisa comandado pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), com sede em Araras (SP), e pela rede de instituições universitárias criada em 1992.
O coordenador do PMGCA/Ridesa espera que as primeiras variedades RB transgênicas sejam apresentadas em quatro anos, em projetos feitos em parceria com a multinacional Dupont.
– As duas mais plantadas (RB867515 e RB966928) já foram transformadas em transgênicas com resistência ao glifosato e à diatraea, a broca da cana – concluiu.