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Venda direta de etanol: Unica diz que questão tributária não está resolvida

Agência Nacional do Petróleo (ANP) concluiu na última quinta-feira que não há impedimentos regulatórios para a comercialização do produto

bomba de combustível etanol
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) reforçou nesta segunda-feira, dia 17, que é contrária à  liberação da venda direta de etanol hidratado a postos de combustíveis. A posição da entidade acontece em um momento em que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu que não há impedimentos regulatórios para a comercialização do produto, restando apenas a questão tributária a ser resolvida.

Segundo a Unica, o problema não estará solucionado apenas equacionando a transferência do imposto para o produtor. “Os impostos federal e estadual impactam a cadeia de produção e outros mercados, como o carburante, de perfumaria e bebidas e também o do etanol anidro, que é misturado à gasolina. Esses impactos regulatórios e tributários ainda não foram devidamente analisados”, disse em comunicado.

Contraponto

Representantes da indústria de cana de açúcar do Nordeste defendem a venda direta e afirmam que a questão tributária pode sofrer uma adequação para garantir que não haja prejuízos financeiros aos estados. Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco, enumera as vantagens da negociação direta entre produtores e postos.

“Nós teremos uma agilidade maior, uma eficiência logística maior, uma diminuição de estocagem não remunerada muito maior e, sem dúvida alguma, onde formos competentes, nós iremos levar um produto ao consumidor”, afirma.