O CAR deve entrar como um dos enfoques do governo devido à sua baixa adesão: apenas 53,56% das propriedades rurais brasileiras estão registradas, de acordo com o Sistema Florestal Brasileiro (SFB) que contabilizou dados até o dia 31 de maio. Faltam cerca de 184,6 milhões de hectares a serem registrados neste que é o primeiro passo para a implementação do Código Florestal. A região Sul é a que tem menos registros, com apenas 17,54% das propriedades. O Norte possui o maior porcentual de de área cadastrada (75,32%), sendo que Acre, Amazonas, Roraima e Distrito Federal já completaram o processo.
Cerca de 230 mil famílias serão contempladas pelo novo plano, cujas taxas de juros devem permanecer abaixo da inflação Na última sexta, dia 19, em inauguração do complexo acrílico da Basf, em Camaçari, na Bahia, a presidente Dilma Rousseff adiantou que os recursos seriam 20% maiores que o da última safra. No evento, ela não mencionou previsão sobre as taxas de juros, que na safra passada foram de 0,5% a 2%. Hoje, fontes confirmaram ao Canal Rural o valor de R$ 28,9 bi.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) considerou o volume de recursos uma vitória, mas já alerta que uma alta nos juros comprometeria o investimento na produção e colaboraria para o aumento da inadimplência. Analistas acreditam que há tendência de reajustes em relação à safra passada.
Agricultura empresarial
No dia 2 de junho, o governo anunciou R$ 187,7 bilhões de recursos para o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, volume também 20% superior ao do período anterior. O custeio ficou com R$ 94,5 bilhões com juros controlados. Para o investimento, estão disponíveis R$ 33,3 bilhões. As taxas de juros para a agricultura empresarial são de 8,75% e os recursos do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terão juros de 7,75%, taxas que preocupam setores do agronegócio. Um estudo da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) apontou que o aumento dos juros controlados para custeio pode obrigar os produtores a desembolsarem mais R$ 1,8 bilhão nas operações de crédito, na comparação com o período anterior, desconsiderando o uso de recursos com taxas livres de mercado.
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