Preocupação é generalizada no estado, tem produtor que está gastando até três vezes mais para fazer o controle das invasoras
Manaíra Lacerda | Silvânia (GO)
A Caravana Soja Brasil, que está percorrendo o estado de Goiás nesta semana, parou hoje em Silvânia, no sul goiano. Os produtores da região têm uma grande preocupação com as plantas daninhas que ganharam resistência ao herbicida glifosato. Isso aumentou o custo de produção nesta safra. Os agricultores precisaram comprar produtos três vezes mais caros para controlar o problema.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja-GO), Bartolomeu Braz, o problema é ainda mais grave em outros municípios. O engenheiro agrônomo Zildan Peixoto explica que um bom manejo de agroquímicos e a rotação de culturas ajudam a evitar o problema.
– Por exemplo, o capim amargoso, na rotação com o milho é possível utilizar produtos mais eficientes. O problema é a dosagem, muitos produtores usam uma subdosagem e acabam criando a resistência – explica.
Entra ano e sai ano, o produtor Manoel Caixeta enfrenta dificuldades para eliminar as plantas daninhas resistentes ao glifosato, como o capim amargoso e a erva quente. Ele se prepara para plantar 700 hectares de soja no próximo mês e corre contra o tempo para acabar com as pragas. As plantas invasoras vão aumentar o custo dele, até três vezes mais para adquirir outros produtos de controle.
– Neste momento o que mais nos custa caro é o capim amargoso, a erva quente, a corda de viola, que é um problema terrível. Antes de plantar, eu trago meu agrônomo, para ver a incidência da praga para comprar os problemas certos. Então você acaba usando recursos mais caros – lamenta Caixeta.
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