Principal produtor brasileiro de soja e algodão e dono do maior rebanho bovino do país, Mato Grosso se destaca também pelo tamanho da área preservada. Pelo menos 63% do território ainda estão intactos. Mesmo assim, quando o assunto é regularização ambiental, a preocupação é grande. A maioria dos produtores está em desacordo com as atuais exigências do Código Florestal. Por isso, as lideranças do setor defendem a aprovação das mudanças propostas no projeto que tramita no Congresso. Entre elas, a incorporação das Áreas de Preservação Permanente na composição da reserva legal.
Enquanto as alterações no código são debatidas em Brasília, a Famato mobiliza os produtores e a população para conseguir mais apoio a favor da atualização do documento. Durante este mês, a Caravana está percorrendo nove municípios, onde são realizados encontros e palestras sobre o tema. O objetivo é tirar as dúvidas e mostrar para a sociedade a importância da aprovação do novo Código Florestal.
De acordo com a Famato, a sobrevivência da atividade agropecuária no Estado depende da definição das normas ambientais. A estimativa é de que legislação interfira diretamente na atuação de 90% dos produtores rurais que já estão em áreas consolidadas
? É um interesse do produtor, nós precisamos esclarecer ainda, encontrar um norte. Nós temos muitos programas ambientais no Estado, mas entendemos que eles só vão andar assim que houver uma definição nacional ? explicou o diretor da Famato, Rogério Romanini.
Segundo ele, além de alertar a sociedade, a estratégia é somar forças para pressionar o governo a solucionar o impasse:
? Como nós temos uma proposta e temos um prazo até o final de março, nós vamos aguardar. Vamos esperar até o fim de março esta definição dos pontos de divergência. Vamos aguardar este prazo, e se não for cumprido, vamos até lá (Brasília) para pressionar ? reforçou.
A Caravana da Famato já passou por seis municípios. Os próximos encontros serão realizados em Rondonópolis, Quatro Marcos e Cuiabá.