Carazinho (RS) quer ser referência na indústria agroquímica no Sul do país

Município investe em polo logístico e pretende movimentar R$ 1,5 bilhão em três anosCom posição geográfica favorável e vocação agrícola, o município de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul, espera atender à demanda de empresas e indústrias, principalmente agroquímicas, interessadas em reduzir o tempo de entrega e aproximar os estoques do mercado consumidor. Além disso, almeja diversificar e expandir a economia local. A meta da cidade é tornar-se referência no Sul do país, atendendo em especial a indústria agroquímica.

Em até três anos, o objetivo é movimentar pelo menos R$ 1,5 bilhão na região. O projeto iniciou-se em 2009, mas só recentemente o governo do Rio Grande do Sul repassou ao município a escritura de área de 89 hectares às margens da rodovia Carazinho-Passo Fundo (BR-285) para estruturar o polo. A intenção é transformar o espaço em referência logística, a exemplo de Londrina (PR).

? A estimativa é que o polo eleve em 10% a arrecadação do município ? diz o secretário municipal de Planejamento e Urbanismo, Hélio Büllau.

Depois de a Aurora Alimentos desistir do projeto milionário em Carazinho, o município concentra forças para consolidar o polo logístico e industrial. O objetivo é torná-lo referência em armazenagem, transporte e distribuição no sul do país.

A iniciativa privada fomenta o polo no distrito industrial. A parceria entre TW Transportes e Syngenta resultou num centro de distribuição de 15 mil metros quadrados, já em operação.

? A meta é centralizar as operações da empresa no polo e firmar novas parcerias ? conta o diretor-presidente da TW Transportes, Milton Schmitz, que tem unidades nos três Estados da região Sul e em São Paulo.

A Associação Comercial e Industrial de Carazinho estima que, nos próximos anos, o município será ponto de partida para a distribuição de insumos de mais empresas no RS.