Dados da Receita mostram que o volume de tributos pagos em 2008 somou R$ 1,03 trilhão, contra R$ 901 bilhões em 2007. O peso dos tributos, de acordo com o órgão, subiu em todas as esferas do governo no ano passado. A carga do governo federal subiu de 24,33% do PIB em 2007 para 24,92% do PIB em 2008, enquanto a dos estados passou de 8,8% do PIB em 2007 para 9,23% do PIB no último ano. Os tributos cobrados pelas prefeituras, por sua vez, representaram 1,64% do PIB em 2008, contra 1,59% no ano anterior.
A carga do governo federal subiu em 2008, apesar do fim da CPMF e da crise financeira, que diminuiu a arrecadação de tributos nos dois últimos meses do ano passado. Por conta da crise, as receitas começaram a cair, contra o mesmo mês do ano anterior, de novembro do ano passado em diante. Entretanto, o governo elevou a alíquota do IOF e da CSLL dos bancos, e também se fiou no bom nível de atividade econômica, além do trabalho de combate à sonegação fiscal da Receita Federal, para compensar o fim da CPMF.
A carga tributária brasileira, segundo números divulgados nesta terça-feira pela Secretaria da Receita Federal, é mais elevada do que países como Japão (18,4% do PIB), Estados Unidos (23,8% do PIB), Suíca (29,7% do PIB) e Canadá (33,3% do PIB), entre outros. Os números se referem ao ano de 2007, quando a carga brasileira somou 34,7% do PIB.
A carga de tributos do Brasil, de acordo com o governo, também é superior à do México, que somou 19,8% do PIB no ano passado. A Receita Federal não fornece números para outros países emergentes, mas especialistas apontam que a carga brasileira está acima de outras economias em desenvolvimento, com as quais o Brasil concorre no mercado externo, como China, Índia e Rússia (carga entre 20% e 22% do PIB). As informações são do site G1.