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Carlos Minc assina prorrogação da Moratória da Soja

Embargo à comercialização de soja oriunda de áreas ilegais da Amazônia passa a ter apoio do governo federalO ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, assinou nesta terça-feira, dia 17, a prorrogação da Moratória da Soja. Pela primeira vez, o embargo à comercialização de soja plantada em áreas ilegais na Amazônia, vai contar com o apoio do governo. A iniciativa de empresas exportadoras e de ONGs deve ser ampliada a outros setores.

No acordo, o Ministério do Meio Ambiente se compromete em apoiar o cadastramento e a concessão de licenciamento das propriedades que se concentram em áreas de floresta ? 80% delas estão no Mato Grosso.

O governo pretende ainda concluir, dentro de um ano, o zoneamento ecológico econômico nos Estados da Amazônia Legal. De acordo com o ministro Carlos Minc, a moratória não desestimula a cadeia produtiva da soja, mas incentiva a legalidade.

? Os ilegais vão ser tratados com a mão pesada da Polícia Federal e da Lei de Crimes Ambientais ? afirmou.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Óleo Vegetais (ABIOVE), Carlo Lovatelli, nos dois anos em que o embargo vigorou houve redução das lavouras ilegais na floresta. Representando mais de 90% das empresas que comercializam soja no país, Lovatelli diz que a moratória só melhorou a aceitação do produto brasileiro.

? Hoje o consumidor em geral, não só na Europa, e no Brasil também está crescendo muito, coloca sua decisão em cima de alguns parâmetros onde o meio ambiente tem um lugar bastante importante.

Para desestimular o desmatamento na Amazônia, o governo pretende estender o embarco comercial a outros setores. Segundo o ministro Carlos Minc, no próximo mês, ele assina um acordo semelhante ao da soja com frigoríficos e madeireiras.

? Sendo que o acordo que vamos fazer com os grandes frigoríficos é interessante, porque não será apenas no Bioma Amazônico, ele será estendido a outros biomas.

Nesta terça, fiscais do Ibama começaram a fiscalização em indústrias agropecuárias, madeireiras e siderúrgicas para verificar a origem dos produtos. O governo deu prazo de 60 dias, para as empresas elaborarem o credenciamento dos fornecedores.

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