Ao comentar as críticas feitas por parte do setor de que eles não estariam sendo ouvidos pelo governo na negociação para reverter os efeitos da crise financeira internacional, Minc disse que alguns produtores que fornecem carne à Abiec estão “dentro da linha” e outros não. E são exatamente esses últimos, segundo o ministro, que temem o acordo.
? Com todo o respeito, disse a eles para irem se queixar com o Papa porque não é o acordo que tem que ser mais frouxo, eles é que têm que tomar medidas para se adequar. Quero me comprometer com eles, mas eles não podem me obrigar a fazer com a Abiec um acordo mais frouxo só para continuarem podendo vender boi pirata, sem condições sanitárias, com abate ilegal e ainda jogar as tripas do boi na beira do rio.
Após participar de entrevista a emissoras de rádio no programa Bom dia, Ministro, Minc garantiu que o “pacto” com a Abiec deve ser assinado ainda no final deste mês.
Outra estratégia do governo, segundo ele, é negociar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma linha de financiamento específica que ajude a reerguer frigoríficos quebrados por conta da crise. O ministro destacou que os contratos dos empréstimos terão “cláusulas ambientais” e que a fiscalização de abatedouros, por exemplo, será feita em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
? O que gera má imagem para o Brasil é gente fazendo abate ilegal, não cumprindo as condições sanitárias necessárias e criando gado em unidades de preservação ambiental. Quando a gente avança na questão sanitária, na questão da legalidade e na questão ambiental, isso só melhora as condições da carne brasileira para conquistar novos mercados e até um preço melhor, porque vai ser uma carne legal.