Com a cesta básica mais cara do país (R$ 277,34), Porto Alegre também foi o local onde a carne registrou o aumento mais expressivo. Em outubro, ante setembro, esse produto de maior peso na composição de itens da alimentação básica avançou 3,42% na capital gaúcha.
Em seguida, aparecem Salvador (+2,73%), Florianópolis (+2,21%) e Curitiba (+2,01%). Já no Rio de Janeiro (-1,09%), em Natal (-0,83%), João Pessoa (-0,40%) e Manaus (-0,20%) a carne ficou mais barata no mês passado em comparação com setembro.
Em 12 meses, houve elevação nos preços da carne em todas as 17 capitais, sendo os mais representativos verificados em Manaus (+17,10%), Florianópolis (+16,14%), Fortaleza (+14,39%), Belém (+14,17%) e Belo Horizonte (+13,76%). A alta, segundo o Dieese, ainda é resultado do período de geadas e forte seca até agosto. Já a quebra na safra de trigo e os estoques mais baixos, de acordo com a instituição, deixaram o tradicional pãozinho mais caro em outubro ante setembro.
Os aumentos mais vigorosos foram registrados em Natal (+4,82%), Aracaju (+4,49%) e Goiânia (+4,32%). Apenas em Florianópolis e Salvador os preços caíram, em 1,04% e 0,60%, respectivamente. Na comparação com outubro de 2010, os consumidores de 15 capitais pagaram mais para comprar pão, principalmente em Natal (+13,32%), Porto Alegre (+9,62%) e Aracaju (+7,00%).
Outro produto bastante consumido pelos brasileiros e que encareceu na maioria das capitais pesquisadas pelo Dieese foi o café. O item subiu em 13 cidades, com destaque para João Pessoa (+5,02%), Porto Alegre (+4,76%) Brasília (+4,23%) e Curitiba (+4,23%). Já no Recife (-2,30%), Goiânia (-1,21%) e Salvador (-0,64%) houve redução de preço. No período de 12 meses, no entanto, o café subiu em todas as 17 capitais do levantamento e a alta foi superior a 10%. Em Belo Horizonte, por exemplo, o custo foi de 30,55%.
O óleo de soja avançou em 13 capitais, no intervalo entre Vitória (+0,34%) até Porto Alegre (+4,29%) em outubro ante setembro. Em 12 meses, o produto subiu em todas as 17 capitais pesquisadas. De acordo com o Dieese, poucos produtos ficaram mais baratos na comparação mensal. O preço do tomate diminuiu em 14 regiões, o do açúcar registrou redução em 11 cidades e o do arroz teve queda em nove capitais.