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Casa da Ciência da Alemanha sedia exposição sobre a natureza brasileira

Tema central é o conhecimento sobre a biodiversidade brasileiraA Fapesp e o Haus der Wissenschaft (Casa da Ciência) inauguraram em Bremen, na Alemanha, a exposição Brazilian Nature ? Mystery and Destiny (Natureza Brasileira ? Mistério e Destino), cujo tema é o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira.

A mostra, que ficará aberta ao público até o dia 14 de junho, tem como referência maior a Flora Brasiliensis, obra do botânico alemão Carl Philipp von Martius (1794-1868), que até hoje é o mais completo levantamento da flora brasileira.

Os 37 painéis que compõem a exposição foram concebidos com base nos dados provenientes de três projetos apoiados pela Fapesp: a Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, a Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e o programa Biota-Fapesp.

A exposição, que foi apresentada com grande sucesso no ano passado no Museu do Jardim Botânico de Berlim, teve seu conteúdo compilado com a ajuda de representantes dos três projetos.

Segundo Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, um dos principais aspectos da exposição é apresentar ao público internacional os resultados dos três projetos.

? É importante mostrar que o Brasil está atento à sua biodiversidade da maneira mais sofisticada, que consiste em tratá-la como objeto de programas de pesquisa bem organizados, bem preparados e com resultados de impacto mundial ? afirmou.

O projeto da Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que corresponde à primeira parte da exposição, representou uma continuidade ao trabalho de Martius, que teve seu último volume publicado depois da morte do autor, em 1906.

Em 2006, o projeto disponibilizou na internet a versão integral da obra de Martius, com 10.207 páginas com os textos das descrições das quase 23 mil espécies e as quase 4 mil ilustrações.

O Flora Brasiliensis On-line e Revisitada inclui a atualização da nomenclatura utilizada no trabalho original de Martius e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.

O trabalho foi financiado por uma parceria entre Fapesp, Fundação Vitae e Natura Cosméticos e executado pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Jardim Botânico de Missouri, nos Estados Unidos. O Flora Brasiliensis On-line está disponível em https://florabrasiliensis.cria.org.br.

A segunda parte da exposição remete ao projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, iniciado em 1993 com a participação de mais de 200 pesquisadores. O projeto descreveu cerca de 2 mil espécies fanerógamas ? que produzem flores ? na vegetação nativa paulista. Dessas, pelo menos 20 não haviam sido identificadas. Estima-se que os ecossistemas paulistas guardem 7,5 mil espécies de plantas desse tipo.

O projeto Flora Fanerogâmica reúne pesquisadores da Unicamp, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), dos institutos Botânico, Florestal e Agronômico e do Departamento de Parques e Áreas Verdes da Prefeitura de São Paulo. Pesquisadores da Embrapa, de outros estados brasileiros e de outros países também contribuem.

O terceiro elemento da exposição ultrapassa os limites da botânica e aborda a biodiversidade de forma mais geral, correspondendo ao programa Biota-Fapesp, cujos resultados têm sido aplicados como instrumento de preservação ambiental no território paulista.

De acordo com o presidente da Fapesp, Celso Lafer, a importância da biodiversidade presente nos biomas do Estado de São Paulo dá à iniciativa um profundo significado global.

? É importante que a exposição transmita à Alemanha e à comunidade internacional o alcance desse trabalho em que a teoria e a prática se unem ? disse.

O Biota-Fapesp faz o inventário e a caracterização da fauna, da flora e dos microrganismos em São Paulo e, desde sua criação, em 1999, já descreveu mais de 500 espécies de plantas e animais. O programa integra na internet uma rede de laboratórios na qual atuam mais de 1 mil pesquisadores. Os dados científicos produzidos pelo Biota-Fapesp foram recentemente transformados em mapas, que passaram a orientar os critérios de preservação da vegetação nativa paulista.

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