Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, os produtos importados como castanha portuguesa, nozes, avelãs, amêndoas, condimentos, vinhos estrangeiros e outros tendem a ficar mais baratos.
No caso dos produtos tradicionais e de importação contínua, como bacalhau, azeite e mesmo alguns tipos de frutas oleaginosas que passaram a ser vendidas no dia a dia, a variação será menor.
? A variação (dos preços) desses produtos é menor porque, como no ano passado o dólar subiu muito, os importadores procuraram segurar os preços, trabalhando com dólar médio, então o produto não chegou a subir tanto ? afirmou Honda.
Para ele, a situação neste ano é bem mais tranquila, porque há previsão de maior oferta de produtos, já que os grandes mercados consumidores – Estados Unidos e Europa, por exemplo – estão enfraquecidos e as empresas têm se voltado para o Brasil.
O professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Giuliano Contento de Oliveira, também acredita que o Natal registre preços mais baixos, o que permitirá ampliar o consumo do trabalhador. Para ele, os preços devem cair entre 15% e 20%, levando ao aumento das venda.
? Isso tende a repercutir favoravelmente para as empresas, ainda que não signifique necessariamente a ampliação da margem de lucro, porque a concorrência tende a se intensificar face à entrada cada vez maior de produtos de outros países, principalmente da China.