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Cenário para o sojicultor será muito parecido com 2007, afirma pesquisador do Cepea

Mauro Osaki participou do programa Mercado & Companhia da última quinta, dia 14; Glauber Silveira também comentou a situação da oleaginosa

Na última quinta, dia 14, o programa Mercado & Companhia, exibido pelo Canal Rural às 12h20, entrevistou o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP) Mauro Osaki. O tema da conversa foi o mercado da soja após mais um anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que apontou o preço da soja entre US$9,35 e US$11,35 por bushel.

Segundo Osaki, o país viveu sete safras positivas na questão de preços, mas o cenário atual não mostra uma tendência de que isto vai se repetir em 2014/2015. Para ele, o cenário está mais próximo de sete anos atrás.

– A situação começa a entrar perto de uma realidade que vivíamos antes de 2007. O mercado sempre trabalhou com os preços muito próximos dos valores de custos. O que aconteceu nos últimos sete anos foram atípicos neste sentido. Neste cenário incerto, a tendência é que o mais prejudicado acabe sendo o produtor – comenta Osaki.

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Um dia antes, na quarta, dia 13, o presidente da Câmara Setorial da Soja, Glauber Silveira, comentou também sobre os preços da oleaginosa. Silveira citou um estudo técnico da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil) em que estima que o prejuízo do produtor seja de uma saca por hectare em relação às 2013/2014.

– Nós queremos ver a reação do preço da soja, sem prejuízos para os produtores. Um estudo da Aprosoja mostrou que a perda neste momento está em uma saca por hectare. O principal alerta é que não vamos ter os preços do ano passado. Se ele chegar a um número de empate, já é positivo. Os grandes produtores tem um custo de produção menor, já que produz em grande escala. Nós temos uma grande preocupação com os produtores pequenos e médios – afirma Glauber Silveira.

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Silveira, que também é ex-presidente da Aprosoja Brasil, criticou o que ele acredita ser uma falta de investimentos do governo federal no setor de logística. O dirigente afirmou que, sem infraestrutura, o país precisa contar com a crise de algum vizinho para ter uma safra positiva em vendas.

– O governo não está preocupado. É preciso, de uma vez por todas, ter investimento em logística. Por causa da falta de logística, nós precisamos sempre que algum país quebre a produção para termos uma safra boa – reclama o presidente da Câmara Setorial da Soja.

Questionado sobre o que o produtor deve fazer com o estoque atual, o pesquisador do Cepea afirma que é difícil dar uma orientação que sirva para todos os produtores, mas explica que eles devem fazer uma conta em que os prêmios cubram os seus custos o máximo possível.

– Cada produtor sabe de seus compromissos, tem que fazer uma média e ele deve ter prudência para que as vendas possam garantir essas despesas. O importante é garantir a sustentabilidade do negócio. É isso que ele tem que ter em mente – reforça Mauro Osaki.

Veja a participação do pesquisador do Cepea Mauro Osaki:

Veja a entrevista do presidente da Câmara Setorial da Soja, Glauber Silveira:

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