– A capacidade instalada das usinas está maior que o volume de cana disponível. As empresas não deverão investir em indústria antes que esta capacidade existente seja satisfeita – disse o executivo.
Olivério conta que atualmente a Dedini não trabalha na produção de equipamentos para nenhum greenfield.
– Não existe demanda para novas usinas diante do atual cenário – disse.
Ele acredita que, no quarto trimestre deste ano, algumas empresas poderão voltar a cotar novos investimentos, dependendo da expansão que for realizada na quantidade de cana-de-açúcar, que ficará pronta para ser colhida na safra seguinte.
Desde a crise financeira de 2008, que pegou a indústria sucroenergética em um ciclo de investimentos e altamente endividada, a receita financeira anual da Dedini recuou R$ 1 milhão, de R$ 2 milhões em 2008 para R$ 1 milhão em 2011.
– Também efetivamos um processo de diversificação na companhia – acrescenta.
Em 2008, 75% da receita da empresa vinha de máquinas e equipamentos para o setor sucroenergético. Hoje, esta fatia caiu para 45%.
Manutenção
O executivo disse que atualmente a empresa trabalha com demanda por pequenos investimentos, como manutenção de entressafra, troca de equipamentos, ou instalação de fábrica de açúcar e equipamentos para produzir anidro a partir do hidratado.
– São investimentos pequenos, em substituição, modernização e diversificação de equipamentos – disse.
Atualmente, segundo Olivério, 40% da receita do setor de cana da Dedini vêm de operações de manutenção, enquanto 30% vêm de diversificação e os 30% restantes de caldeiras e outros equipamentos para cogeração.
Com a queda na demanda do setor sucroenergético, a empresa está trabalhando apenas com 75% de sua capacidade.
– Esperamos que a abertura do mercado norte-americano incentive novos investimentos em greenfields para produção de mais etanol – disse o executivo.