As informações, divulgadas nesta quarta, dia 30, fazem parte do Censo Agropecuário 2006, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de um estudo que traça uma radiografia do setor no país, com dados sobre os 5,2 milhões de propriedade rurais espalhadas pelo país.
Os maiores percentuais de produtores analfabetos ou sem nenhum estudo estão concentrados nas regiões Norte (38%) e Nordeste (58%). Já na Centro-Oeste (13%) e na Sudeste (11%) aparecem os níveis mais elevados de produtores com grau técnico agrícola ou ensino médio completo.
O levantamento mostra também que com a urbanização do país o pessoal ocupado nas propriedades rurais está diminuindo. Entre o censo de 1995-1996 e o de 2006, a queda foi de 7,2% ? menos intensa, no entanto, do que a observada na década anterior (-23,3%). Ainda assim, em 2006, quase dois em cada 10 trabalhadores do país estavam empregados em propriedades agropecuárias. Desse total, 30,5% eram mulheres.
As pequenas unidades eram as principais empregadoras, respondendo por 84,36% dos trabalhadores rurais. O documento destaca que, embora cada uma delas gere poucos postos, essas propriedades empregam 12,6 vezes mais trabalhadores por hectare do que as médias (área entre 200 e dois mil hectares) e 45,6 vezes mais do que as grandes propriedades.