De acordo com o diretor de produção de fumo e agronomia da JTI, Mauro Greco, o centro será voltado para o produtor. Além de cursos de treinamento, há uma equipe de cem técnicos agrícolas responsáveis por transferir as informações para os cerca de 11 mil fumicultores integrados à JTI no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.
– Nosso centro objetiva o desenvolvimento de tecnologia que seja facilmente transferível e aplicável pelo produtor. Acreditamos que esse é o meio para tornar o nosso produtor mais eficiente e mais competitivo no mercado. Vamos colocar à disposição dele técnicas agronômicas e conhecimento – explica Greco.
No centro, onde já trabalham 30 pessoas, incluindo dois técnicos japoneses, os experimentos com as variedades de tabaco virgínia e burley já começaram, com o processo de cura sendo realizado em estufas concebidas para avaliação de pequenos testes e estufas convencionais, mais adaptadas à realidade dos produtores de tabaco.
Além de fomentar o desenvolvimento e as pesquisas, a unidade também irá buscar atividades na preservação da vegetação nativa e no monitoramento da biodiversidade local. Dos 320 hectares da propriedade, 70 hectares são mantidos como área de preservação ambiental.
O trabalho no centro servirá como base de pesquisa para técnicos da empresa de todo o mundo. Os primeiros estudos serão focados na aplicação de fertilizantes, técnicas de conservação de solo, métodos de secagem e o manejo integrado de pragas e produção de tabaco orgânico.
– Escolhemos Santa Cruz do Sul pela qualidade do tabaco plantado aqui e pela mão de obra qualificada que encontramos nesses dois anos em que a empresa está instalada no município. A proximidade com a universidade também é um ponto positivo – disse o presidente de Negócios de Tabaco da Japan Tobacco, Mitsuomi Koizumi.