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Centro-Sul deverá ter quebra de 11% na safra de cana, diz Datagro

Novo número é quase 20 milhões de toneladas inferior à estimativa anterior da consultoria, divulgada há menos de um mêsA produção de cana-de-açúcar do Centro-Sul brasileiro deve ser de 498,57 milhões de toneladas na safra 2011/2012, uma quebra de cerca de 11% em relação aos 560 milhões de toneladas verificadas na safra passada. A estimativa foi divulgada nesta terça, dia 30, pelo presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, durante o seminário "Desafios até 2020 na Indústria de Açúcar e Etanol". O novo número é quase 20 milhões de toneladas inferior à estimativa anterior da consultoria, divulgada há menos

? O que estamos vendo na safra atual é uma convergência dos efeitos da falta de renovação do canavial desde a crise de 2008, aliada aos efeitos climáticos desfavoráveis que levaram ao florescimento precoce da cana e sua perda de produtividade ? disse Nastari.

O executivo lembrou também que a estratégia de reduzir o ritmo da moagem que seria efetivada pelo setor foi adiada para poder moer rapidamente a cana florida e o produto afetado pela geada. Segundo ele, a nova estimativa de apenas 498,57 milhões de toneladas cria uma capacidade ociosa no setor sucroalcooleiro hoje de 125 milhões de toneladas de cana.

? O grande desafio agora é como fazer para a produção voltar a reocupar este espaço ? comentou.

Nastari afirmou que a produção de açúcar no Centro-Sul na safra 2011/2012 deve atingir 30,6 milhões de toneladas, uma queda de 7,27% em relação aos 33 milhões de toneladas verificadas no período anterior. As exportações de açúcar na atual safra foram previstas em 23,8 milhões de toneladas, quase 5 milhões de toneladas a menos que as 28 milhões de toneladas da safra 2010/2011.

Já a produção de etanol deve cair 19,3% no período, de 25,4 bilhões de litros para 20,5 bilhões de litros. Nastari afirma também que na atual safra as importações de etanol serão maiores que as exportações. A expectativa é que o Brasil importe 1,66 bilhão de litros e exporte 1,64 bilhão de litros. Segundo ele, as importações estão sendo feitas com ganho fiscal à medida que o Brasil está se beneficiando do prêmio pago pelos Estados Unidos ao etanol de cana.

? Na prática, estamos importando etanol de milho barato e exportando etanol de cana com maior valor agregado ? disse.

O consultor explicou que mesmo com essa exportação recorde ainda haverá um ‘gap’ de 900 milhões de litros de etanol para equilibrar a oferta e a demanda, já considerando a redução da mistura de anidro de 25% para 20% anunciada ontem. Nastari afirma que a compensação desse ‘gap’ será feita através de preços mais elevados. Conforme o consultor, os preços futuros da BM&F projetam cotações mais elevadas que as do ano passado para todo o resto de 2011.

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