As firmes demandas externa e doméstica, a alta nos preços internacionais e o dólar elevado, que torna a commodity brasileira mais atrativa, têm impulsionado os valores da soja no Brasil. Além disso, como forma de combater o avanço do coronavírus, o governo argentino limitou o movimento nos portos do país, cenário que favorece as vendas brasileiras de soja e derivados.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nas últimas semanas, o ritmo de embarques da oleaginosa seguiu a “todo vapor”, com agentes até sinalizando dificuldades para conseguir novas cotas portuárias até o final deste primeiro semestre.
Nesse cenário, desde o início desta semana, o indicador Paranaguá Esalq/BM&FBovespa tem fechado acima de R$ 100 por saca de 60 quilos, sendo este o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2006 para este produto.
Em termos reais, o maior patamar da série foi registrado em setembro de 2012, quando a oleaginosa foi negociada na média de R$ 130,41 por saca (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Nessa terça-feira, 31, o Indicador Paranaguá fechou a R$ 101,21 por saca, acumulando alta de 12,63% em março.