Segundo o presidente da Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis), Paulo Miranda, o biodiesel provoca alterações na consistência do produto final, com o surgimento de borras e a proliferação de bactérias. Além dos danos a veículos, o problema dá prejuízo aos postos, que tiveram que intensificar a limpeza de tanques e trocas de filtros.
Em reunião realizada nessa quinta, dia 13, a Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis), que representa os postos, aprovou determinação para que seus associados entrem na Justiça contra distribuidoras, caso tenham que ressarcir consumidores prejudicados pela baixa qualidade do diesel – que hoje tem 5% de biodiesel, produto conhecido como B5.
? Decidimos que, se nada for feito, vamos entrar com ações de regresso, pedindo ressarcimento desse prejuízo às distribuidoras, que nos vendem o B5 ? afirmou o executivo, que diz ter análises técnicas apontando que o óleo vegetal não tem reagido bem à umidade, gerando borras e proliferação de bactérias.
Miranda alega que a responsabilidade, em última instância, é dos produtores de biodiesel e pede medidas para melhorar as especificações do produto.
As distribuidoras concordam que há indícios de que a adição de biodiesel vem provocando problemas de qualidade no diesel e pedem uma análise detalhada da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O vice-presidente executivo do sindicato de distribuidores de combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, defendeu que o governo evite novos aumentos na proporção de diesel enquanto o caso não for esclarecido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.