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Cerca de 60% dos relatórios de greening não foram entregues em São Paulo

Produtores têm até a próxima semana para enviar o documento obrigatórioCerca de 60% dos relatórios semestrais de inspeção de pomar cítrico não foram entregues no Estado de São Paulo. Os produtores têm até a próxima semana para enviar o documento obrigatório que comprova as vistorias de controle do greening e do cancro cítrico. Mas muitos citricultores nem sabem que, junto com este relatório, aderem a um seguro oferecido pelo governo paulista.

A situação é desoladora. O produtor João Francisco do Nascimento fica triste em ver o pomar de ponkans totalmente seco. Ele diz que antes produzia 250 caixas da fruta. No ano passado a produção reduziu muito, em torno de 50 caixas. E agora nem vai ter ponkan no pé. As plantas tem quase 15 anos e desde 2009 começaram a apresentar sintomas semelhantes ao greening. Algumas árvores já morreram.

? Depois de um ano, quando morreu aqueles pés que tinha, arranquei os troncos e queimei tudo para não ficar, mas já tinha passado para os outros e foi atacando cada vez mais ? conta.

A instrução normativa nº. 53, publicada em 2008 pelo Ministério da Agricultura, determina que é do produtor a responsabilidade sobre as vistorias para controlar o greening na propriedade.

De acordo com a legislação, o controle efetivo da doença só pode ser feito com a inspeção do pomar e a eliminação das plantas doentes. E o citricultor do Estado de São Paulo que tiver problemas pode ainda contar com um seguro. Mas muitos desconhecem que tem direito a este benefício.

 ? Eu não sabia [do seguro]. Estou sabendo agora ? revela Nascimento.

O pequeno produtor conta que procurou ajuda, mas não teve resposta. O agrônomo responsável pelas visitas às propriedades, da Casa de Agricultura de Sumaré, relata não saber da situação do pequeno produtor. Ele confessou que este ano não fez nenhum acompanhamento com os citricultores da região. Mas confirmou que o produtor tem direito ao seguro, porque fez o relatório de inspeção do segundo semestre de 2010.

A diretora do Grupo de Defesa Sanitária Vegetal, ligado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, Lígia Vasconcellos Martucci, avalia que é preciso verificar o que acontece no pomar antes de saber se existe ou não alguma doença.

? Como é um pomar já de uma certa idade, que deve ter um acompanhamento de baixa tecnologia e investimento, existem condições que podem ter levado esse pomar a essa situação. Há necessidade de uma visita que pode ser de um técnico da Casa de Agricultura ou da Defesa Agropecuária da regional de Campinas ? explica.

Os produtores precisam fazer o relatório de inspeção obrigatório, que dá direito ao seguro em caso de incidência de greening ou cancro cítrico. Para o coordenador da Defesa Agropecuária, nos últimos dois anos os citricultores estão mais preocupados com as vistorias nos pomares.

? É óbvio que ainda precisamos aprimorar a sensibilização do produtor para que ele envie essas informações. Nós avaliamos que tem sido positivo, pois no último semestre, os índices de envio de relatórios foi superior a 90% via o sistema informatizado ? relata o coordenador da Defesa Agropecuária SP, Cláudio Alvarenga de Melo.

Mas, segundo Lígia Martucci, até agora somente 40% dos relatórios foram entregues. No fim de 2010 foram feitos cerca de 20 mil. Ela alerta que o prazo vai até a próxima semana.

? A maioria deixa para a última hora, mas a gente pede que todos procurem os escritórios de Defesa Agropecuária, Casas de Agricultura, as cooperativas, o segmento iniciativa privada – que dá apoio neste sentido, e os sindicatos rurais para que ele providencie a entrega do relatório via eletrônica. O prazo é até o dia 15 de julho e após este prazo ele vai entrar em irregularidade, de acordo com a legislação ? esclarece Martucci.

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