A rotação de culturas com algodão, milho e soja é testada pela fundação. O pesquisador da Embrapa algodão, Julio Cesar Bogiani, analisa o comportamento das plantas e os tratos culturais mais adequados para o cerrado do oeste baiano. Outro estudo avalia o desempenho de 120 linhagens de soja convencionais e transgênicas. As plantas são testadas hoje, para selecionar as mais vantajosas, para o futuro.
– Nós temos multinacionais no mercado muito a frente da Embrapa que é uma entidade que tem o maior banco genético de soja do mundo, mas temos concorrentes com boa participação no mercado e o produtor está desembolsando altos custos. Então, o objetivo dessa parceria é termos materiais altamente competitivos, materiais resistentes a pragas, a doenças, a nematóides e para no futuro dar condição ao produtor de fazer uma opção com custo mais baixo – salienta o diretor executivo da Fundação Bahia, Nilson Gonçalves Bogiani.
A maior parte dos recursos vem do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro). A entidade é credenciada pelo Ministério da Agricultura para emitir laudos de eficácia de produtos, como defensivos utilizados contra a lagarta helicoverpa e outras pragas que prejudicam a produção local. O contato com a realidade dos agricultores faz com que as pesquisas sejam direcionadas para os problemas da região.
– O produtor tem como desafio questões climáticas, e tem como desafio aumentar a sua produtividade a cada dia, minimizando riscos – diz o pesquisador Embrapa, André Ferreira Pereira.
A falta de chuva em alguns períodos do ano não é mais problema. As terras planas permitem a irrigação. Assim, é possível produzir com qualidade até culturas que não são tradicionais no Estado. A área de café da região, por exemplo, é de 14 mil hectares, com produção anual de 560 mil sacas. A perspectiva é de que o setor dobre a produção, nos próximos cinco anos.