Segundo ele, a revisão do PNMC vai acontecer em fevereiro ou março de 2010.
Pelo projeto atual, o desmatamento na Amazônia deve ser cortado em mais de 70% nos próximos nove anos. As projeções foram baseadas em estudos de 1994. Minc disse que dentro de um ano as metas serão revistas tendo como base dados de redução das florestas e emissões de carbono de 2004. A adição de outros biomas como o cerrado e a caatinga será possível, segundo o ministro, porque haverá dados históricos mais bem consolidados sobre estas regiões.
A inclusão do cerrado no plano deve afetar diretamente a agricultura, já que áreas importantes de expansão de lavouras estão justamente dentro deste bioma. Um bom exemplo são as plantações de soja no Centro-oeste, no sul do Maranhão, em Goiás ou no oeste da Bahia.
A revisão de 2010 terá três eixos: inventário de áreas, acréscimo de novos biomas e revisão de resultados.
O PNMC foi o grande tema dos discursos de Minc durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Na manhã desta sexta, último dia do encontro, o ministro esteve reunido com líderes de diversos países desenvolvidos, apresentando as propostas e solicitando contribuições financeiras. A lista de visitas inclui França, comissariado da União Européia e Dinamarca.
O ex-vice presidente norte-americano Al Gore também passou por Poznan. Para uma audiência entusiasmada, ele pressionou os delegados reunidos na Polônia. Num rápido comentário, Gore fez elogio efusivo ao plano brasileiro:
? Exemplos como o do Brasil precisam ser seguidos. O plano lançado pelo país recentemente é impressionante.
ONGs ambientalistas, como o Greenpeace, discordam. Elas dizem que as metas do governo federal são muito tímidas, e pedem desmatamento zero até 2015 no Brasil.