Produtores de soja de todo o país podem inscrever suas áreas, irrigadas ou não, até o dia 15 de janeiro de 2018
Daniel Popov, de São Paulo
Muitas vezes, em anos de baixa rentabilidade, é a alta produtividade por hectare que acaba salvando a safra e ajudando a minimizar os baixos ganhos dos produtores rurais. Com isso, o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), já abre as inscrições para a 10ª edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade. Claro que o foco não é só produzir mais, mas conseguir alta produtividade de forma sustentável.
O produtor rural terá até o dia 15 de janeiro para inscrever as suas áreas de cultivo nas categorias de plantio irrigado e não irrigado através do site www.cesbrasil.org.br. A Área a ser inscrita no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja deverá ter no mínimo 5 hectares e no máximo 10 hectares, dentro de um único talhão contínuo, cultivados com a mesma variedade e usando o mesmo sistema de produção para toda a área inscrita.
No ano passado o paranaense Marcos Seitz conseguiu colher 149 sacas por hectare e tornou-se bicampeão do Desafio em quatro participações consecutivas, além de estabelecer o novo recorde nacional de produção de soja em áreas auditadas. Na safra 2012/2013 Seitz foi campeão com a produção de 110,5 sc/ha, resultado que à época também se tornou recorde nacional.
Nos dez anos de existência do desafio, a evolução da produtividade foi notável. No primeiro desafio realizado pelo Cesb, o título foi conquistado com uma produção de 82 sc/ha. Na safra 2016/2017, as 149 sacas por hectare representa um incremento de 80% frente a primeira. “Conseguimos demonstrar que é possível produzir mais, com mais eficiência. Isso fixa a família do produtor no campo e gera mais alimento no mesmo espaço de terra, já que diminui a abertura de novas áreas”, comenta o presidente do Cesb, Nery Ribas.
Veja os requisitos:
Qualificação do participante
Os participantes do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja – Safra 2017/2018 deverão cultivar e ou/ prestarem consultoria técnica de cultura da soja, em qualquer localidade do território brasileiro.
Categorias do Desafio
- Área irrigada
- Área não-irrigada
Regras do Desafio
- O participante poderá se inscrever entre 4 de outubro de 2017 e 15 de janeiro de 2018;
- A Área a ser inscrita no Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja deverá ter no mínimo 5 (cinco) hectares e no máximo 10 (dez) hectares, dentro de um único talhão contínuo, cultivados com a mesma variedade e usando o mesmo sistema de produção para toda a área inscrita. Para efeito de comprovação da produtividade, áreas menores que 2,5 hectares serão desclassificatórios. A colheita deve ser feita em um bloco contínuo;
- Só serão considerados válidos os resultados de áreas onde são seguidas as boas práticas agrícolas, ambientais, sociais e trabalhistas (ver itens 2 e 4 do regulamento completo);
- O participante só será considerado inscrito após pagar a taxa de inscrição de cada área, no valor de R$ 100,00 por área; salvo, se haver um patrocinador CESB na inscrição.
- Após a instalação da área, o participante deverá fornecer obrigatoriamente seus registros de práticas de cultivo e manejo, entre outras informações solicitadas nos formulários disponíveis no site;
- Os premiados por preenchimento de fichas serão contemplados com a participação no Fórum Nacional de Máxima Produtividade 2018, com todas as despesas pagas. Os premiados das categorias Área irrigada e Área não irrigada serão reconhecidos em uma cerimônia oficial do CESB logo após a apuração dos resultados.
Premiações do Desafio
Os premiados serão reconhecidos em uma cerimônia oficial do CESB logo após a apuração dos resultados. Também poderão haver outra premiação que poderá ser uma viagem técnica para local a ser definido pelo CESB, que terão como objetivo o aprendizado técnico e troca de experiências entre os sojicultores ou como alternativa um outro tipo de premiação/reconhecimento.
Boas práticas agrícolas
- Não utilizar Áreas de preservação permanente;
- Não utilizar mão-de-obra escrava ou infantil (crianças e adolescentes);
- Utilizar práticas conservacionistas de solo (plantio direto, terraceamento, rotação de culturas etc.);
- Usar sementes de origem comprovada, seguindo a legislação vigente;
- Usar produtos registrados para a cultura, legalizados e sempre com receituário agronômico;
- Respeitar o período de carência dos produtos. Respeitar também o vazio sanitário local;
- Armazenar os insumos agrícolas em local adequado (sem riscos ao homem e ao meio ambiente);
- Assegurar o uso de EPIs pelos trabalhadores envolvidos na aplicação de defensivos agrícolas;
- Não abastecer pulverizadores com água diretamente em mananciais;
- Não lavar equipamentos e nem destacar resíduos de pulverizadores próximos a fontes de água ou em locais que ofereçam riscos ao homem e ao ambiente;
- Proceder ao descarte adequado de embalagens vazias de defensivos agrícolas (tríplice lavagem e devolução em locais credenciados, segundo normas vigentes).
Auditoria
Se a colheita esperada for acima de 90 sacos/ha (5400 kg/ha), o produtor deverá chamar a auditoria oficial do CESB para acompanhar a colheita. Solicitar no site do CESB a presença da empresa oficial de auditagem com antecedência mínima de 4 dias para possibilitar o planejamento da auditagem da colheita.
O custo da auditagem para a produtividade para acima de 90sc/ha é de responsabilidade do CESB. Nos casos em que a produtividade for menor que 90sc/ha, o custo de auditagem é de responsabilidade de quem acionou a auditagem, sendo o produtor ou consultor. Por esse motivo, salientamos a importância da realização da amostragem e da certificação que a produtividade esteja acima de 90 sc/ha.