Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços mais baixos. Esta foi a nona queda consecutiva para o grão. Esta é a segunda maior sequência negativa desde julho de 2014, quando foram registradas dez baixas consecutivas. Nas últimas doze sessões, foram onze fechamentos negativos. Na semana, a posição março acumulou queda de 3,27%. Em janeiro, o mesmo contrato caiu 8,69%.
Mais cedo, o mercado tentou esboçar uma recuperação frente às perdas recentes, mas não se sustentou e reverteu para o território negativo. O quadro fundamental é baixista, com menor demanda chinesa pelo alastramento do coronavírus no país asiático, além da entrada de uma safra cheia no Brasil.
Segundo consultorias internacionais, os preços da soja devem seguir pressionados mesmo que a China volte a comprar grandes volumes dos Estados Unidos no segundo semestre. Isso porque haveria uma transferência da demanda do produto brasileiro para o norte-americano. Assim, o Brasil acumularia estoques elevadíssimos ao final de 2020.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 3,75 centavos de dólar, ou 0,42%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,72 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 8,86 por bushel, recuo de 3,75 centavos, ou 0,42%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,50, ou 0,17%, a US$ 291,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 29,94 centavos de dólar, queda de 0,69 centavo ou 2,25% na comparação com o fechamento anterior.