Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos nas negociações da Bolsa de Chicago. Mais cedo, o mercado chegou a esboçar uma reação e registrar ganhos, após atingir o pior patamar em dois meses. Porém, não se sustentou e reverteu para o território negativo, enfileirando a 10ª queda seguida, em meio ao alastramento do coronavírus na China. O surto deve reduzir a demanda chinesas pelo produto norte-americano.
Os contratos com vencimento em março de 2020 operam cotados a US$ 8,70 por bushel, perda de 2,25 centavos de dólar por bushel, ou 0,25%, em relação ao fechamento anterior.
Recorde negativo
Na sexta-feira (31), foi a nona queda consecutiva para o grão. Esta é a segunda maior sequência negativa desde julho de 2014, quando foram registradas dez baixas consecutivas. Nas últimas doze sessões, foram onze fechamentos negativos. Na semana, a posição março acumulou queda de 3,27%. Em janeiro, o mesmo contrato caiu 8,69%.
Segundo consultorias internacionais, os preços da soja devem seguir pressionados mesmo que a China volte a comprar grandes volumes dos Estados Unidos no segundo semestre. Isso porque haveria uma transferência da demanda do produto brasileiro para o norte-americano. Assim, o Brasil acumularia estoques elevadíssimos ao final de 2020.