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Agronegócio

China anuncia retaliação aos EUA após apoio a protestos em Hong Kong

Em resposta ao apoio de Washington, o país asiático suspendeu a permissão para que navios norte-americanos façam paradas no porto local

China, EUA, comércio internacional, soja
Na semana passada, o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou e  transformou em lei dois projetos em apoio à Hong Kong. Foto: Pixabay/montagem Canal Rural

A China suspendeu nesta segunda-feira, 2, a permissão para que navios e aeronaves militares norte-americanos façam paradas para reparos e descanso no porto de Hong Kong, em resposta ao apoio de Washington aos protestos pró-democracia na região autônoma, que já duram cinco meses.

Na semana passada, o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou e  transformou em lei dois projetos em apoio à Hong Kong. Um deles torna o status  comercial favorável dos Estados Unidos concedido a Hong Kong sujeito a uma revisão anual, além de prever sanções por violações de direitos humanos.

“Em resposta a esse comportamento irracional, a partir de hoje [segunda, 2] o governo chinês decidir suspender a revisão dos pedidos de navios e aeronaves militares dos Estados Unidos para visitar Hong Kong”, disse a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, em coletiva de imprensa.

Ela também anunciou sanções a organizações não-governamentais (ONGs) norte-americanas de direitos humanos que relatam os protestos em Hong Kong, como a “Human Rights Watch” e “Freedom House”, acusando-as de “mau  comportamento” durantes as manifestações.

“A China apela para que os Estados Unidos parem de interferir em assuntos de Hong Kong e outros assuntos internos da China. China vai adotar outras medidas necessárias enquanto a situação avança”, disse ela, acrescentando que Pequim vai defender seus interesses de soberania, segurança e desenvolvimento.

O apoio dos Estados Unidos a Hong Kong pode complicar ainda mais as negociações comerciais entre Pequim e Washington. Os dois lados tentam chegar à primeira fase de um acordo comercial, mas não alcançaram um entendimento sobre questões como a retirada de tarifas norte-americanas a produtos chineses e a compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos pela China.

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