Analistas avaliam que os dados mostram, antes de tudo, melhores condições de escoamento da oleaginosa no Brasil. Segundo análise da consultoria Capital Economics, os números podem estar distorcidos com as cargas brasileiras chegando antes do que registrado em 2013, quando o País enfrentou dificuldades de escoar a safra. Para a empresa, o fluxo intenso de importações pode provocar uma onda de cancelamentos nos próximos meses.
Para a analista da Phillip Futures em Cingapura, Vanessa Tan, os dados foram surpreendentes e podem ajudar a dar suporte às cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Há três sessões a commodity trabalhava em baixa, em parte pressionada pela perspectiva de menor demanda da China.
Na sessão eletrônica (E-CBOT), o contrato julho subia 6,75 cents (0,47%), a US$ 14,53 por bushel. Como as margens de esmagamento seguem apertadas no país, a analista avalia que os dados podem indicar que a demanda por oleaginosa ainda pode ser apenas financeiras, com importadores utilizando a commodity para compensar a escassez de crédito no mercado local.
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