Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. Informações de que a China estaria comprando soja no Brasil provocaram a quarta sessão seguida de perdas em Chicago.
Nem mesmo a perspectiva de fechamento de um acordo comercial entre China e Estados Unidos conseguiu evitar a nova baixa em Chicago. A previsão de clima favorável para o desenvolvimento das lavouras no Brasil e na Argentina também pesou sobre os contratos.
Chineses adquiriram pelo menos 20 cargas de soja brasileira na semana passada devido à incerteza sobre um acordo comercial com os Estados Unidos, com os asiáticos correndo para garantir suprimentos, disseram operadores nesta segunda-feira. Os importadores também buscaram grãos da safra futura do Brasil em meio a margens atraentes, disseram dois traders que não quiseram ser identificados.
A China e os Estados Unidos estão muito perto da fase um de um acordo comercial, afirmou nesta segunda-feira o Global Times, tabloide comandado pelo oficial People’s Daily, do Partido Comunista, ignorando notícias “negativas”.
A China também permanece comprometida em continuar as negociações para a fase dois e mesmo a fase três de um acordo com os EUA, disse o Global Times no Twitter, citando especialistas próximos do governo chinês.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 4,50 centavos de dólar, ou 0,5%, a US$ 8,92 1/2 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,07 por bushel, perda de 4,25 centavos de dólar, ou 0,46%.
Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo recuou US$ 0,60 por tonelada (0,19%), sendo negociada a US$ 300,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 30,59 centavos de dólar, baixa de 0,47 centavo ou 1,51%.