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China decide taxar compra de carne suína e frutas dos Estados Unidos

A medida é considerada uma grande oportunidade para o mercado de carnes do Brasil

Fonte: Divulgação/ Canal Rural

A China anunciou novas tarifas para 128 produtos importados dos Estados Unidos, em resposta às taxas mais altas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump ao aço e ao alumínio. De acordo com comunicado do Ministério de Finanças da China, as tarifas entram em vigor nesta segunda-feira, dia 2,  e incluem produtos como carnes e frutas.

Segundo o anúncio, a China está impondo uma tarifa de 25% a oito itens norte-americanos, entre eles a carne suína, e uma taxa de 15% a 120 outros produtos do país, como frutas.

O Ministério de Finanças diz ainda que as restrições impostas pelos Estados Unidos violaram as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e não podem ser justificadas como exceções ligadas à segurança nacional – argumento usado pelo governo Trump para explicar as tarifas aos metais.

“As medidas foram implementadas em 23 de março e causaram sérios danos aos nossos interesses. A China defende e apoia o sistema multilateral de comércio e a suspensão das isenções de tarifas aos Estados Unidos é uma medida legítima adotada pela China para usar as regras da OMC e garantir seus interesses”, disse a nota.

Dois dias antes de o governo chinês anunciar as taxas, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Lu Kang, reiterou que o país é contra uma guerra comercial e que espera que os Estados Unidos voltem atrás nas medidas unilaterais.

“Como destacamos muitas vezes, a China não quer uma guerra comercial. Entretanto, se forçados a uma guerra comercial, temos toda a força e confiança para garantir os nossos próprios interesses”, afirmou ele em coletiva de imprensa.

Oportunidade

A medida é considerada uma grande oportunidade para o mercado de suínos do Brasil. “Depois de tantos problemas que o setor teve, acredito que a China fazendo isso vai, inclusive, pressionar a Rússia a abrir novamente o mercado dela”, disse o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi.

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