Conforme dados divulgados nessa quinta-feira, dia 18, pelo Birô Nacional de Estatísticas, o Produto Interno Bruto (PIB) somou US$ 1,9 trilhão nos seis primeiros meses, embora seu crescimento tenha sido 1,8 ponto inferior ao do mesmo período de 2007.
? A desaceleração do crescimento indica que a política macroeconômica do governo para evitar um superaquecimento rendeu frutos ? disse Yao Jingyuan, economista-chefe do Birô.
No entanto, outros analistas oficiais afirmaram que o crescimento continua rápido demais.
? Uma taxa de 8% (objetivo do governo para este ano) é a adequada e, no meu julgamento, superar 10% não se ajusta a um desenvolvimento sustentável ? afirmou Mei Xin Yu, pesquisador do Ministério de Comércio.
Alimentos lideram reajustes de preços
Mas, apesar das queixas, o governo chinês está mais preocupado agora em segurar a inflação, que foi de 7,9% nos primeiros seis meses e de 7,1% em junho, inferior aos 7,7% de maio.
? Foi possível frear a inflação nos últimos meses, mas isso se deve ao controle artificial dos preços de produtos como o petróleo e a eletricidade ? advertiu Mei.
Possível motivo para a instabilidade social na visão do governo, a inflação foi citada pelo primeiro-ministro Wen Jiabao como a principal preocupação do país em um momento tão significativo como o do terremoto de maio, que deixou quase 90 mil mortos. Além disso, os alimentos continuam liderando os produtos que tiveram seus preços reajustados, com alta de 20,6% no primeiro semestre, seguido de 6,9% do encarecimento da moradia.