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China inicia negociações com Estados Unidos após devolução de 545 mil toneladas de milho

Grãos foram rejeitados devido à descoberta de uma variedade geneticamente modificada não autorizada no país asiáticoA China já rejeitou neste ano cerca de 25% das importações de milho norte-americano devido à descoberta de uma variedade geneticamente modificada não autorizada no país asiático. De acordo com a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, 545 mil toneladas provenientes dos Estados Unidos foram recusadas até essa quinta, dia 19. Autoridades de ambos os países iniciaram nesta sexta, dia 20, negociações na Comissão Conjunta de Comércio, em Pequim, para tratar dos problema

O transgênico MIR-162, que é resistente a insetos, foi encontrado em 12 lotes de origem norte-americana entregues em portos nas províncias de Shenzhen, Fujian, Shandong, Guangdong, Zhejiang e Xiamen, informou a administração. O órgão revelou ter devolvido as cargas em quarentena, notificado as autoridades norte-americanas e solicitado aos Estados Unidos que “melhorem os procedimentos de inspeção”.

A variedade está liberada para consumo nos Estados Unidos e na Europa. Uma robusta safra doméstica é o que permitiu à China rejeitar o produto e sinalizar que não relaxará os mecanismos de controle sobre a entrada de grãos importados, muito embora o governo esteja debatendo se autoriza ou não um consumo maior de alimentos geneticamente modificados. A crescente demanda transformou o país asiático de exportador líquido de milho no quinto maior comprador do mundo.

A Syngenta AG, que desenvolveu o MIR-162, pediu em comunicado emitido nesta sexta que a China atualize suas leis para liberar o transgênico.

– A solução está com as autoridades chinesas. Se eles querem importar milho das principais áreas produtoras do mundo, devem sincronizar seu processo regulatório, de modo que possam aceitar o milho cultivado nessas regiões – disse a porta-voz da companhia suíça.

Traders temem que as devoluções de cargas norte-americanas provoquem uma desaceleração na demanda. Importadores chineses agendaram a entrega de 3 milhões de toneladas dos Estados Unidos até o verão deste ano, segundo dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em agosto. No entanto, a ampla colheita chinesa pode reduzir a necessidade de importação do país. Pesquisadores afirmam que a produção de milho da China neste ano alcançará 215 milhões de toneladas, um aumento de 5% em relação a 2012, mas o governo não revela o volume exato. 

– Há um problema com a modificação genética, mas um fator mais realista a ser considerado é que a oferta doméstica de milho tem sido bem elevada ultimamente, então não há tanta necessidade por produto estrangeiro – observou Pan Chenjun, analista do Rabobank.

A China importou cerca de 1,5 milhão de toneladas de milho norte-americano nos 10 primeiros meses de 2013, segundo estimativas alfandegárias. Autoridades sênior do governo chinês alertaram que o país pode enfrentar um déficit nos próximos anos por causa da demanda cada vez maior de indústrias processadoras de alimentos.

O país está diversificando as origens de milho. Nos últimos meses, foram fechados contratos para importação da Argentina e do Brasil, incluindo variedades transgênicas liberadas para uso animal. 

Agência Estado
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