Com o consumo doméstico de grãos superando os volumes disponíveis para exportação, a China precisa depender de sua própria produção ou se arriscar a influenciar os preços globais, afirmou Han ao Qiushi Journal, uma publicação do Comitê Central do Partido Comunista da China.
A disponibilidade de grãos para comercialização no mundo inteiro soma cerca de 250 milhões de toneladas, menos da metade da produção chinesa, observou o ministro. A atual oferta de trigo no país está em ligeiro superávit, enquanto a de milho é equilibrada e a de arroz apertada, segundo ele.
Além de as compras chinesas no mercado internacional frequentemente estimularem os preços, Han disse que as importações de grãos geralmente não são um bom negócio devido aos elevados custos de transporte no extenso país. Apesar disso, a China importou um recorde de 54,8 milhões de toneladas de soja e 1,5 milhão de toneladas de milho – maior nível em 15 anos – no ano passado. Enquanto isso, a produção local de grãos cresceu pelo sétimo ano consecutivo em 2010, alcançando 546,4 milhões de toneladas, informou em dezembro o Escritório Nacional de Estatísticas.
No entanto, Chen Xiwen, diretor da divisão de trabalho rural do Conselho de Estado, disse que a autossuficiência em grãos do país pode diminuir nos próximos anos. A China precisará expandir a área plantada com arroz, desenvolver trigo de alta qualidade e elevar a produtividade do milho no período de 2011 a 2015 para manter a autossuficiência no setor, acrescentou Chen. As informações são da Dow Jones.