? A China é um país que não faz exigências, mas também não concede garantias ? afirmou.
Pires salientou que a venda do produto para a China obtém menor retorno financeiro para o produtor. Quem está fora do programa, de acordo com Pires, não pode vender soja para as empresas participantes e também não recebe financiamento para o cultivo da oleaginosa. O coordenador disse que a Abiove e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) congregam 90% da indústria brasileira. Das grandes companhias, uma que não faz parte da Moratória da Soja é a Caramuru.
? Nos últimos três anos, de 300 casos analisados, apenas dois ou três não cumpriram o trato, conforme foi constatado após auditoria, e a soja acabou sendo devolvida ? explicou.
Os 11.698 hectares desflorestados no bioma Amazônia dos Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia no último ano agrícola representam, de acordo com Pires, 130 produtores e 0,3% do desmatamento total da Amazônia.
Área plantada com soja na Amazônia quase dobra na safra 2010/2011
Praticamente dobrou a área plantada com soja no bioma Amazônia dos Estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia no último ano agrícola, segundo representantes da Moratória da Soja. O programa foi instituído em julho de 2006. Da safra passada para o ciclo 2010/2011, a área com soja na região passou de 6.295 hectares para 11.698 hectares. No período, a área monitorada se ampliou de 302.149 hectares para 375.500 hectares.
O grupo de Trabalho da Soja (GTS) é formado por empresas associadas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Ministério do Meio Ambiente, Banco do Brasil e organizações da sociedade civil, como Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil.