A fabricação de etanol em terceiros países faz parte do esforço brasileiro para ampliar o uso internacional do produto e transformá-lo em uma commodity.
O tema foi apresentado às autoridades chinesas pelo vice-ministro para Energia e Alta Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador André Amado, que fez críticas à Petrobras durante entrevista coletiva na última quarta, dia 31, em Pequim, da qual participaram jornalistas brasileiros e estrangeiros.
Segundo Amado, o Brasil já tem acordo com os Estados Unidos para a produção de etanol em sete países da América Central e Caribe e dois da África. Também há projetos conjuntos com a União Europeia e o Japão, afirmou. Os empreendimentos ainda estão em fase preliminar e devem demandar pelo menos dois anos para começarem a dar frutos.
O embaixador fez visita de sete dias à China, durante a qual foi acompanhado da maior delegação brasileira dos setores de ciência e tecnologia e energia que já esteve no país.
A passagem do grupo por Pequim coincidiu com a presença na cidade de executivos da Petrobras, que negociam parcerias com a Sinopec e um novo empréstimo do Banco de Desenvolvimento da China (BDC).
? A Petrobras não me convidou para os encontros deles. Quando as coisas não estão bem, eles vêm até nós e reclamam. Como não reclamaram, imagino que as conversas foram boas ? alfinetou Amado durante a entrevista coletiva.
O embaixador se queixou do fato de não ter sido informado do teor das discussões realizadas pela Petrobras, embora a estatal não tenha nenhuma relação de subordinação ao Ministério das Relações Exteriores. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo