A China informou nesta quinta-feira, 6, que vai reduzir a tarifa sobre a importação de soja dos Estados Unidos de 30% para 27,5%. A nova alíquota entra em vigor a partir de 14 de fevereiro. Apesar da redução nas tarifas, alguns traders consideram que o impacto em novas compras chinesas deve ser limitado, já que a tarifa de 25% está mantida e a redução anunciada refere-se a alíquota adicional que havia sido imposto durante o período de acirramento da guerra comercial entre os dois países.
O analista mercado da consultoria MD Commodities Pedro Djeneka afirma que a notícia não altera a configuração de preços no momento. “Apesar dessa notícia, a China ainda está comprando a soja brasileira porque possui maior qualidade e preços mais baixo”, explica.
Ele comenta que a soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) pode ter algumas altas técnicas pontuais, mas será difícil as cotações subirem consistentemente por conta de uma produtora chinesa pelo grão norte-americano.
“A demanda pela soja do Brasil deve se manter no primeiro trimestre, mas vai ser difícil exportar o mesmo volume dos anos anteriores”, diz.
Djeneka ressalta ainda que após a colheita da safra brasileira, a área plantada de soja e milho nos Estados Unidos será o principal foco do setor. Isso porque na safra 2019/2020, os produtores de lá deixaram de plantar 8 milhões de hectares por conta dos problemas climáticos. “Vamos ter essas informações entre fevereiro e março, no relatório do USDA [Departamento de Agricultura dos Estados Unidos], diz.