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China X EUA: acordo traz otimismo e mercado da soja sobe quase 3%

Cotação da oleaginosa chegou a bater o teto de US$ 10,27 por bushel, mas recuou e fechou em US$ 10,25

Daniel Popov, de São Paulo
Diante de um iminente acordo final entre Estados Unidos e China, o mercado da soja registrou uma impressionante alta nas cotações da oleaginosa nesta segunda-feira (dia 21). O contrato de julho 2018, que abriu o dia valendo US$ 10,11 por bushel e chegou a atingir o valor de US$ 10,27 por bushel (alta de 3%), acabou encerrando o dia em US$ 10,25 por bushel (2,7% de alta ante o valor de abertura).

Todo este otimismo do mercado começou no sábado, dia 19, quando os Estados Unidos e a China, após dois dias de reuniões em Washington se comprometeram a mudar suas decisões comerciais. Os chineses, por exemplo, se comprometeram a comprar mais produtos agrícolas norte-americanos, assim como do setor de energia.

“Não houve acordo ainda, o que aconteceu foi um pronunciamento dos representantes americanos dizendo que, enquanto se negocia o acordo, os Estados Unidos irão retirar as tarifas em cima de produtos chineses. Em contrapartida, os chineses se comprometeram a comprar mais produtos americanos. Não houve acordo, mas sim um passo importante para isso”, afirma o analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.

Os chineses são responsáveis pela compra de um terço da produção de soja dos Estados Unidos. Somente no ano passado foram 33 milhões de toneladas embarcadas dos portos americanos para a China.

Com o possível acordo, a perspectiva é de que este volume cresça em 2018. Hoje, expectativas preliminares apontavam que o comércio entre os dois países envolvendo a oleaginosa poderia pular para a casa de 40 milhões a 50 milhões de toneladas.

Essa movimentação fez com que a Bolsa de Chicago já operasse com altas de 2% logo na manhã desta segunda. Após a pausa da bolsa, o que se viu foi uma intensificação das negociações e a soja chegou a registrar 3% no contrato de referencia (Julho 2018). “Essa possibilidade de acordo trouxe otimismo ao mercado, por isso os preços subiram desta forma”, diz Gutierrez.

A posição agosto teve cotação de US$ 10,29 por bushel, ganho de 26,50 centavos de dólar, ou 2,64%. Nos subprodutos, a posição julho do farelo subiu US$ 2,80 (0,74%), sendo negociada a US$ 379,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 31,42 centavos de dólar, ganho de 0,44 centavo ou 1,42%.

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