Neste ano, a Nestlé e a Bimbo entraram na briga por uma fatia do mercado de panetones (que movimentou mais de R$ 400 milhões), contra a Bauducco, líder do mercado brasileiro com mais de 70% das vendas de panetones industrializados. No ano passado, quando 57 milhões de unidades foram vendidas, o consumo do produto cresceu 25% no Brasil, e as perspectivas para este Natal, embora mais modestas, também giram na casa dos dois dígitos.
Hoje, estima-se que dois terços dos panetones vendidos no Brasil contenham frutas cristalizadas, mas esse panorama pode mudar. A Nestlé, por exemplo, estreou no mercado com três produtos: um com a receita tradicional, que leva frutas cristalizadas, e duas variações de chocotones, ambos baseados em duas marcas consagradas do grupo ? Alpino e Classic.
Segundo Cláudio Gekker, diretor da unidade de biscoitos da Nestlé, as versões com chocolate têm maior potencial de crescimento, sobretudo entre os jovens.
? Nossa expectativa é de que possamos empatar essa conta nos próximos anos ? disse Gekker.
Aceitação leva indústrias a arriscar novos sabores
Os panetones da Nestlé serão vendidos somente em São Paulo nesta temporada. Na Bauducco, a aposta na receita chocólatra é mais conservadora. Mesmo assim, a marca lançou três novas variedades de chocotone neste ano.
A Nutrella lançou o pão em parceria com a Bimbo, tradicional grupo mexicano e um dos líderes do setor de panificação na América Latina. O sucesso do chocotone leva as indústrias a investir em mais inovações. Nestlé e Bimbo, por exemplo, prometem novos sabores para 2009. Aos fãs do pão natalino, resta aguardar até outubro, quando as primeiras fornadas chegarão aos supermercados.