Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou a terça-feira, dia 5, em alta Nas posições spot, ganhos de 1,96% no grão e 3,27% no farelo, e perdas de 0,59% no óleo. Preocupações com o clima nos Estados Unidos às vésperas do início da colheita da safra e sinais de boa demanda pela soja americana garantiram a terceira sessão consecutiva de ganhos.
Os boletins meteorológicos indicam volume de chuvas abaixo da média para os próximos 14 dias, o que poderia causar algum estresse à planta e prejuízos em termos de produtividade. Além disso, a chegada do furacão Irma em parte do sudeste da região produtora causa preocupação.
A demanda pela soja americana ainda dá sinais de estar aquecida. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 136 mil toneladas para a China. Além disso, no acumulado do ano safra, os embarques estão em 57,7 milhões de toneladas, contra 51,5 milhões de toneladas.
A alta do petróleo e a queda do dólar frente às outras moedas foram alguns dos fatores que deram competitividade ao produto de exportação dos Estados Unidos e completaram o cenário positivo aos preços.
Outro destaque foi a condição das lavouras americanas, que está com 61% da safra em boas ou excelentes condições, 28% regular e 11% ruim e muito ruins. Os índices não mudaram na comparação com a semana anterior.
O mercado interno de soja teve bons negócios nas diversas praças de comercialização do país. Repercutindo o clima adverso nos Estados Unidos, os investidores seguem com especulação climática. Com ganhos de até 19,25 pontos nos principais vencimentos, os preços da soja no Brasil subiram e melhores negócios foram efetuados. Houve registro de vendas no Paraná, Maranhão, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.
Dólar
O aumento da tensão entre Estados Unidos e Coreia do Norte afastou os investidores das operações com o dólar. Existe uma preocupação em como reagir diante dos testes nucleares e as ameaças da Coreia do Norte, e por isso mercado é bastante cauteloso. No final do dia terminou com queda de 0,54%, negociado a R$ 3,121.
Milho
O milho registrou preços mais altos Em Chicago. O mercado foi sustentado pelo indicativo de aquecimento na demanda para o cereal norte-americano. Os preços sobem seguindo a valorização da soja, provocada pela previsão de clima seco sobre o meio-oeste dos Estados Unidos, que deve estressar as lavouras da oleaginosa. A boa demanda pela soja norte-americana por parte da China também favorece os ganhos do milho.
No acumulado do ano-safra, iniciado em 1° de setembro, as inspeções somam 56,9 milhões de toneladas, contra 46,7 milhões toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
A expectativa dos analistas é que as cotações do milho sejam pouco influenciadas, pois o grão já está em fase de colheita nos Estados Unidos. A chegada do furação Irma deve manter a semana com fracos embarques.
Em relação à condição da safra, o USDA informou que diminuiu o número de lavouras em situação boa ou excelente. De acordo com o órgão americano, 61% estavam entre boas e excelentes condições, 26% em situação regular e 13% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 62%, 26% e 12%, respectivamente.
No Brasil, o mercado foi de preços do milho mais firmes. As cotações seguem reagindo à oferta limitada, com maior procura regional. Enquanto isso, o produtor rural segue retraído em relação às vendas, o que dá sustentação para as cotações.
Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) encerrou as operações com preços mais baixos. O mercado reabriu após o feriado da segunda-feira, 4, do dia do trabalho nos Estados Unidos, pressionado pelo sentimento de um abastecimento mais tranquilo.
A Safras & Mercado indica que os preços foram contrários aos referenciais positivos do dia, como a valorização do petróleo, o índice de commodities e ainda a queda do dólar frente às outras moedas. “O mercado até tentou dar uma puxada, mas encontrou resistência. Do lado fundamental, os últimos dados de exportação global e do Brasil foram fortes, o que passa a ideia de um abastecimento tranquilo no curto prazo”, informou Gil Barabach.
Os estoques dos consumidores estão em patamares mais tranquilos, o que traz um sentimento de calmaria quanto à oferta, além da expectativa de uma grande safra brasileira em 2018.
No mercado interno o dia foi de preços do café mais baixos. As cotações foram pressionadas no dia pela desvalorização do arábica na bolsa de Nova York, do robusta em Londres e pelas perdas no dólar. Entretanto, apenas alguns cafés cederam em termos de valores.
Boi
Os preços do boi gordo continuam subindo nas principais praças de comercialização do país. Ainda prevalece à restrição de oferta como condição preponderante para a alta dos preços. Os frigoríficos ainda encontram dificuldades em compor suas escalas de abate para a próxima semana.
No atacado os preços da carne bovina subiram mais uma vez. A perspectiva ainda é pela continuidade do movimento no curto prazo, em linha com o aquecimento da demanda durante a primeira quinzena do mês. Os frigoríficos ainda se deparam com câmaras frias esvaziadas, aumentando a propensão a reajustes.
Previsão do tempo
Uma frente fria que provocou chuva no Rio Grande do Sul avança no oceano em direção ao Sudeste, associada a ela, muita nebulosidade é formada nos estados do Sul e São Paulo, mas sem chuva. O norte do país conta pancadas de chuva isolada nos estados no Amazonas, Acre e Pará. Também chove em Sergipe e Rio Grande do Norte. Nas demais áreas do país, o tempo é firme e predomina o ar seco.
Sul
Nesta quarta-feira, 6, uma frente fria começa a se afastar para o oceano, mas ainda sim, as instabilidades associadas a este sistema provocam chuvas entre períodos de melhoria na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai na primeira parte do dia. Conforme o dia passa, o tempo abre aos poucos nesta área, mas as temperaturas ainda não sobem muito. No litoral norte gaúcho e litoral de Santa Catarina, o tempo fica apenas nublado. Em outras áreas do Sul o tempo ainda não muda, fica firme e com temperatura elevada.
Sudeste
Uma área de baixa pressão atmosférica se forma na costa de São Paulo, aumentando a agitação marítima. No entanto, o sistema só aumenta a umidade entre o litoral paulista e a região metropolitana, com ventos fracos a moderados e alguma nebulosidade, além de melhorar a qualidade do ar. Ainda, nesta área a temperatura não sobe tanto como no dia anterior.
Em outras áreas do Sudeste, o sol predomina desde cedo e a umidade relativa do ar segue abaixo dos níveis críticos. No final do dia, especialmente em São Paulo, aumenta um pouco o friozinho da próxima madrugada.
Centro-Oeste
Aos poucos um corredor de umidade começa a se deslocar da Amazônia em direção ao Paraguai. Assim, a quantidade de nuvens aumenta um pouco mais em áreas de fronteira com a Bolívia e o próprio Paraguai. Mesmo assim, ainda não tem previsão de chuva nestas áreas. Em Goiás e Distrito Federal, uma região de alta pressão atmosférica mantém o tempo muito seco, quente e ensolarado.
Nordeste
Há previsão de chuva mais constante e generalizada sobre o leste do Nordeste. Trata-se de ventos que sopram a umidade do mar contra a costa e também instabilidades em níveis mais baixos da troposfera. A chuva é pesada de Salvador a Maceió e não se descartam transtornos em centros urbanos, como alagamentos. Ainda, as instabilidades no litoral mantêm condição para ressacas da Bahia à Paraíba. Por outro lado, diminui a condição para chuva no Maranhão. No interior da região, o sol predomina e faz calor.
Norte
Tem previsão de chuva forte, trovoadas e até mesmo ventania entre o Amapá, Roraima e extremo norte do Pará e do Amazonas. Já no Tocantins e em Rondônia, o tempo segue seco. Em Palmas (TO), já são 115 dias seguidos sem chuva.